Contexto
Adenoma gástrico é uma lesão precursora do adenocarcinoma.
Objetivo
Melhor caracterizar os adenomas de acordo com a imunoexpressão de mucinas e avaliar a imunoexpressão de p53, p16ink4a, BCL-2, cyclin D, Ki-67, nos adenomas e na mucosa gástrica adjacente.
Métodos
Quarenta espécimes gástricos provenientes de 20 pacientes portadores de adenomas foram classificados como do tipo intestinal (MUC2 – mucina presente nas células caliciformes) ou gástrico (MUC5AC – mucinas de padrão foveolar). Realizou-se imunoistoquímica para p53, p16ink4a, BCL-2, cyclin D e Ki-67 pelo método do complexo da estreptavidina-biotina.
Resultados
Doze (60%) pacientes eram homens e a média de idade foi de 67,9 ± 12,9 anos. Os adenomas foram classificados como do tipo intestinal em 13 (65%) pacientes e do tipo gástrico em 7 (35%). Displasia (neoplasia intraepitelial) de baixo grau estava presente em 13 (65%), displasia de alto grau em 3 (15%), e adenocarcinoma no pólipo adenomatoso em 4 (20%) pacientes. Observou-se immunoexpressão do p53 em 6/20 (30%) adenomas, e em 2/6 (33,3%) dos tumores sincrônicos. Houve associação entre imunoexpressão do p53 e adenoma/tumor tipo intestinal, P = 0.04. Não houve associação entre imunoexpressão do p16ink4a, Bcl-2, ciclina D e Ki-67 e as características clinicopatológicas dos adenomas.
Conclusão
Imunoistoquímica pode ser utilizada para caracterizar os subtipos de adenoma e talvez indicar o caminho de carcinogênese.
Neoplasias do estômago; Adenocarcinoma; Marcadores biológicos de tumor; Regulação bacteriana da expressão gênica; Imunoistoquímica