Contexto
Restrições impostas pela dieta isenta em glúten podem gerar grandes mudanças nos hábitos diários do paciente celíaco, causando um impacto negativo na sua qualidade de vida.
Objetivo
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de pacientes com doença celíaca, em uma capital do Sul do Brasil.
Métodos
Pacientes maiores de 18 anos foram incluídos, com doença celíaca confirmada há mais de 60 dias, no período de junho a outubro de 2013. Um questionário validado, com perguntas específicas para avaliar a qualidade de vida do paciente celíaco foi aplicado. A pontuação total nesse questionário varia entre 20 a 100 pontos; quanto maior a pontuação, pior a qualidade de vida.
Resultados
No total 103 questionários foram avaliados, sendo 96 (93,2%) do sexo feminino, com pontuação média de 56,6±12,35 (28-88 pontos). A comparação entre os escores do questionário e renda familiar não foi significativa (P=0,139). Pacientes diagnosticados há menos de 1 ano, apresentam pior qualidade de vida do que aqueles com mais de 10 anos (P=0,063). Pacientes com mais de 60 anos apresentaram melhor qualidade de vida em comparação com os mais jovens (P=0,04).
Conclusão
Não houve associação entre a qualidade de vida e fatores como renda familiar, tempo de dieta e idade no momento do diagnóstico. A idade cronológica superior a 60 anos influenciou positivamente a qualidade de vida de pacientes celíacos.
Doença celíaca; Qualidade de vida; Dieta livre de glúten