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Aspectos clínicos e endoscópicos na evolução de pacientes com úlcera péptica sangrante: um estudo de coorte

Introdução - Úlceras sangrantes constituem um grave problema de saúde pública e representam cerca da metade de todos os casos de hemorragia gastrointestinal nos Estados Unidos. O objetivo deste estudo foi determinar o valor prognóstico dos achados clínicos, laboratoriais e endoscópicos no ressangramento de pacientes com úlceras gástricas e duodenais sangrantes. Pacientes e Métodos - Foi realizado um estudo de coorte com 94 pacientes para avaliar fatores prognósticos no ressangramento por úlceras pépticas. Resultados - Dos 94 pacientes estudados, 88 não apresentaram novo episódio de sangramento durante os 7 dias de internação. A incidência de ressangramento foi significativamente maior nos pacientes com hemoglobina <6 g/dL na admissão (P = 0.03, RR=6.2). O grupo com ressangramento necessitou mais transfusão de sangue (P = 0,03) e o tempo de internação foi significativamente maior (P = 0,0349) que no grupo com hemostasia. Nas variáveis endoscópicas, a localização da úlcera no duodeno esteve associada positivamente com o ressangramento (P = 0,03). Conclusão - A identificação de paciente de risco de mortalidade por úlcera sangrante permanece um desafio, sendo que apenas alguns fatores são capazes de prever a gravidade da evolução. A identificação destes fatores auxiliou na escolha da melhor conduta terapêutica, melhorando o diagnóstico e diminuindo a taxa de ressangramento e de mortalidade.

Úlcera péptica hemorrágica; Hemorragia gastrointestinal; Fatores de risco


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