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Icterícia flutuante em adenocarcinoma de ampola de Vater: um sinal clássico ou uma exceção?

Contexto

Alguns autores consideram a icterícia flutuante como um sinal clássico do adenocarcinoma da ampola de Vater.

Objetivo

Determinar a frequência de icterícia flutuante em suas formas de apresentação nos pacientes portadores de adenocarcinoma de ampola de Vater.

Métodos

Estudo observacional e restrospectivo, realizado a partir de análise de prontuários médicos de pacientes submetidos à ressecção cefálica pancreática entre fevereiro de 2008 e julho de 2013, cujo anatomopatológico confirmou o diagnóstico de adenocarcinoma de ampola de Vater. Conceituação e diferenciação entre icterícia flutuante clínica e laboratorial foram padronizadas. Icterícia flutuante laboratorial foi dividida em tipo A e B.

Resultados

Vinte pacientes foram selecionados. Um deles permaneceu sempre anictérico, 11 pacientes desenvolveram icterícia progressiva, 2 desenvolveram icterícia flutuante clínica e laboratorial, 5 apresentaram apenas icterícia flutuante laboratorial e 1 não apresentou significativa variação nos níveis séricos de bilirrubina total. Entre os sete pacientes com icterícia flutuante, dois foram classificados como tipo A, um como tipo B e quatro não foram classificados devido à falta de informações. Finalmente, icterícia progressiva foi a apresentação mais prevalente nos pacientes selecionados (11 casos).

Conclusão

Este artigo sugere que a icterícia flutuante clínica é um sinal incomum em pacientes portadores de adenocarcinoma de ampola de Vater.

DESCRITORES
Adenocarcinoma; Ampola hepatopancreática; Icterícia; Sinais e sintomas digestórios


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