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Neoplasia neuroendócrina primária de esôfago - Relato de 14 casos e revisão de literatura

RESUMO

CONTEXTO

As neoplasias esofágicas mais prevalentes são o adenocarcinoma e o carcinoma espinocelular. Outros subtipos histológicos são incomuns e pouco estudados. Neoplasia neuroendócrina esofágica é uma patologia rara e seu manejo atualmente se baseia nos conhecimentos prévios de tumores neuroendócrinos de pulmão. Tumores neuroendócrinos podem ser divididos nas seguintes formas: alto grau (pequenas células ou grandes célula) e baixo grau (carcinoides).

OBJETIVO

Avaliar clínica e patologicamente os tumores de esôfago em um centro oncológico referenciado.

MÉTODOS

Foi realizada análise retrospectiva e revisão da literatura de neoplasias neuroendócrinas de esôfago.

RESULTADOS

Foram identificados 14 pacientes com tumores neuroendócrino, sendo 11 homens, 3 mulheres. Idade média foi de 67,3 anos de idade. Desses pacientes, 10 foram classificados como pequenas células, 3 como grandes células e 1 como carcinoide. Foram encontrados quatro casos de tumor misto neuroendócrino e carcinoma espinocelular, e um caso de tumor misto adenoneuroendócrino. Principal sítio de metástases foi fígado, peritônio, pulmão e ossos. A maioria dos pacientes foi a óbito em até 2 anos de seguimento. Paciente com sobrevida mais longa foi a óbito após 35 meses do diagnóstico.

CONCLUSÃO

Neoplasias neuroendócrinas de esôfago são raras, afetam principalmente o sexo masculino na 7ª ou 8ª década de vida. A maioria dos pacientes com tumores de alto grau tem sobrevida curta.

Descritores:
Neoplasias esofágicas; Tumor carcinoide; Carcinoma neuroendócrino

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