Morbidade hospitalar e mortalidade por câncer colorretal: implicações para a saúde pública no Brasil.

RESUMO

CONTEXTO:

O câncer colorretal é um grave problema de saúde pública e um dos tipos mais comuns de câncer no mundo. Diferentes tendências têm sido observadas nos países ao redor do mundo. Enquanto as taxas de incidência e mortalidade por câncer colorretal apresentam tendência crescente em países em desenvolvimento, essas taxas têm se mantido em tendência decrescente nos países mais desenvolvidos.

OBJETIVO:

Analisar a tendência temporal de morbimortalidade por câncer colorretal no Brasil, entre 2002 e 2016.

MÉTODOS:

Pesquisa descritiva de série temporal. Os dados foram extraídos dos sistemas nacionais de informação de Internações Hospitalares e Mortalidade, nos anos respectivos.

RESULTADOS:

Observou-se tendência crescente da morbidade hospitalar e mortalidade por câncer colorretal em todas as regiões do país, constatando-se que morrem mais idosos em idade avançada. As mulheres (52,1%) foram mais acometidas do que os homens, porém as taxas de óbito foram maiores para o sexo masculino a partir dos 60 anos de idade. As disparidades regionais ficaram evidentes, sendo que quase 80% das mortes ocorreram nas regiões Sul e Sudeste, com maior incremento anual na região Sul e menor na região Norte. Em relação à hospitalização, Sul e Sudeste apresentaram maior crescimento anual.

CONCLUSÃO:

Os dados agregam conhecimento sobre o perfil das hospitalizações públicas e mortes, reafirmando que o câncer colorretal contribui para uma importante carga de doença e mortalidade no Brasil. Esses elementos trazem implicações para a revisão das estratégias de prevenção e controle do câncer colorretal, bem como para os investimentos na saúde pública.

DESCRITORES:
Neoplasias colorretais, mortalidade; Morbidade; Saúde pública; Oncologia