Contexto
A ecoendoscopia é considerada o melhor método de imagem para diagnosticar e avaliar as lesões subepiteliais do trato digestivo.
Objetivo
O presente estudo tem como objetivo fazer uma análise dos casos submetidos a ecoendoscopia para avaliação de lesões subepiteliais do trato digestivo alto.
Métodos
Foram analisados de forma retrospectiva 342 pacientes submetidos a ecoendoscopia para avaliação de lesões subepiteliais.
Resultados
Lesões da quarta camada foram mais comuns no estômago (63,72%) do que no esôfago (44,68%) e no duodeno (29,03%). No estômago, 81,1% das lesões >2 cm, e 96,5% >3 cm, eram da quarta camada. Sinais endossonográficos que poderiam ser relacionados com o comportamento maligno, como bordas irregulares, focos ecogênicos, espaços císticos e/ou tamanho maior que 3 cm foram identificados em 34 lesões (15,81%) na primeira avaliação com ecoendoscopia. Aspiração por agulha fina guiada por ultrassom endoscópico fez o diagnóstico em 21 (61,76%) dos pacientes que foram submetidos a punção ecoguiada. Três (12,0%) lesões das 25, que foram submetidas a vigilância pela ecoendoscopia, aumentaram de tamanho.
Conclusão
O estômago é o órgão mais afetado pelas lesões subepitelias do trato gastrointestinal alto, sendo a camada muscular própria a camada de origem mais comum. Mais de 80% das lesões gástricas subepiteliais da quarta camada são >2 cm. A avaliação ecoendoscópica das lesões subepiteliais tem sido muito importante para a estratificação em grupos de risco e para determinar a melhor conduta.
Endossonografia; Tumores do estroma gastrointestinal; Aspiração por agulha fina guiada por ultrassom endoscópico; Biopsias por agulha fina