CONTEXTO: O índice de massa corpórea (IMC) é largamente usado no diagnóstico do estado nutricional. As principais vantagens deste índice são a facilidade de obtenção, o baixo custo e a correlação com o índice de massa gorda. OBJETIVO: Comparar as diferenças entre o IMC de acordo com as classificações da OMS, OPAS e Lipschitz. MÉTODO: Foi realizado estudo prospectivo com 352 pacientes com câncer esofágico, gástrico ou colorretal. O IMC foi calculado e analisado pelas classificações da OMS, de Lipschitz e da OPAS. RESULTADOS: A média de idade foi de 62,1 ± 12,4 anos e 59% dos pacientes tinham mais que 59 anos. O IMC não variou entre os sexos nos pacientes com idade < 59 anos (P = 0,75), mas após os 59 anos o IMC foi maior entre as mulheres (P<0,01). O percentual de desnutridos foi de 7%, 18% e 21% (P<0,01) segundo as classificações da OMS, Lipschitz e OPAS, respectivamente. O sobrepeso/obesidade também diferiu entre as várias classificações (P<0,01). CONCLUSÕES: Os pacientes com câncer gastrointestinal têm com frequência idade superior a 65 anos. Um diferente nível de corte deve ser usado para estes pacientes porque os desnutridos podem ser erroneamente considerados bem nutridos.
Índice de massa corpórea; Estado nutricional; Neoplasias gastrointestinais