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Índice contagem de plaquetas/diâmetro do baço: análise de sua capacidade como preditor da existência de varizes esofágicas

CONTEXTO: Hemorragia digestiva por varizes esofágicas é a complicação mais dramática da cirrose. É recomendada triagem de varizes esofágicas em todo o cirrótico. OBJETIVO: Avaliar o índice de contagem de plaquetas/diâmetro do baço como predição de varizes esofágicas em uma população distinta daquela em que ele foi desenvolvido. MÉTODOS: O estudo incluiu pacientes do ambulatório de cirrose de um hospital brasileiro quanto ao número de plaquetas, diâmetro ecográfico do baço, presença de varizes esofágicas, Child e MELD. O ponto de corte do índice foi de 909. Amostra de 139 pacientes foi estimada para conferir nível de confiança de 95%. RESULTADOS: Incluíram-se 164 cirróticos, 56,7% homens e com média de idade de 56,6 anos. Na análise univariada, número de plaquetas, diâmetro do baço, ascite, Child, MELD e o índice de contagem de plaquetas/diâmetro do baço relacionaram-se às varizes esofágicas (P<0,05). Na multivariada, só a contagem de plaquetas associou-se a elas (P<0,05). O índice de contagem de plaquetas/diâmetro do baço apresentou sensibilidade de 77,5% (IC 95% = 0,700-0,850), especificidade de 45,5% (IC 95% = 0,307-0,602), valor preditivo positivo de 79,5% (IC 95% = 0,722-0,868), valor preditivo negativo de 42,6% (IC95% = 0,284-0,567) e precisão de 68,9% (IC 95% = 0,618-0,760). CONCLUSÃO: O índice de contagem de plaquetas/diâmetro do baço não é adequado para a triagem de varizes esofágicas em cirróticos.

Cirrose hepática; Varizes esofágicas e gástricas; Contagem de plaquetas; Baço


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