Acessibilidade / Reportar erro
Arquivos de Gastroenterologia, Volume: 46, Número: 1, Publicado: 2009
  • Arquivos de Gastroenterologia e o novo sistema de submissão eletrônica Editorial

    Viebig, Ricardo Guilherme
  • Fórum do jovem pesquisador Fórum Do Jovem Pesquisador

    Barros, Sérgio Gabriel Silva de
  • Educação Médica Continuada em gastroenterologia: uma visão crítica Fórum Do Jovem Pesquisador

    Troncon, Luiz Ernesto de Almeida
  • Mestrado e doutorado: devo fazer? Fórum Do Jovem Pesquisador

    Czeczko, Nicolau Gregori
  • Pós-graduação no exterior: vale a pena? Fórum Do Jovem Pesquisador

    Passos, Maria do Carmo Friche
  • Pesquisa científica e publicações Fórum Do Jovem Pesquisador

    Viebig, Ricardo Guilherme
  • Estudo de vigilância epidemiológica da profilaxia do tromboembolismo venoso em especialidades cirúrgicas de um hospital universitário de nível terciário Artigos Originais

    Diogo-Filho, Augusto; Maia, Cíntia Prado; Diogo, Débora Miranda; Fedrigo, Larissa dos Santos Paula; Diogo, Priscila Miranda; Vasconcelos, Priscila Meira

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: O tromboembolismo venoso pós-operatório é uma entidade frequente e grave, que pode levar à embolia pulmonar e à síndrome pós-trombótica. Apesar dos benefícios comprovados pela profilaxia, nota-se uma inadequação na sua indicação. OBJETIVO: Verificar a indicação de heparina profilática entre pacientes de diferentes clínicas cirúrgicas de um hospital universitário de nível terciário. MÉTODOS: Realizou-se avaliação prospectiva, através de busca ativa, por 10 dias seguidos, em cada mês, no período de setembro a dezembro de 2005, de pacientes operados nas clínicas: cirurgia geral (aparelho digestório e proctologia), ginecologia, neurocirurgia, ortopedia e traumatologia, urologia e angiologia e cirurgia vascular, com identificação dos fatores de risco para tromboembolismo venoso e o uso profilático de heparina, de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. RESULTADOS: Foram avaliados 357 pacientes, 24 (6,7%) classificados como de baixo risco para tromboembolismo venoso, 128 (35,9%) de risco moderado, e a maioria, 205 (57,4%) de alto risco. Do total de pacientes, 184 (51,5%) receberam heparina profilática. A heparina foi utilizada em 73,3% dos pacientes da cirurgia geral, em 16,7% da ginecologia, em 50,0% da neurologia, em 32,5% da ortopedia e traumatologia, em 37,3% da urologia e em 97,7% da clínica de angiologia e cirurgia vascular. Das clínicas avaliadas, apenas 38,3% dos pacientes de risco moderado e 64,4% dos de alto risco receberam heparina profilática. Esta foi utilizada de forma adequada em 77,6% dos pacientes de risco moderado e em 63,6% dos de alto risco. Trombocitopenia, sangramento menor e maior, foram identificados em 3 (1,6%), 12 (6,5%) e 2 (1,1%) pacientes que receberam heparina, respectivamente. Foram diagnosticados clinicamente seis (1,7%) episódios de tromboembolismo venoso. CONCLUSÃO:Apesar das indicações bem definidas da heparina na profilaxia do tromboembolismo venoso, verifica-se adesão incompleta por parte dos profissionais médicos da especialidade, expondo os pacientes a complicações graves.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Postoperative venous thromboembolism is a frequent and severe disease that can lead to pulmonary embolism and post thrombotic syndrome. Although the venous thromboembolism prophylaxis is a proven strategy, an unsuitable indication is observed. OBJECTIVE: To verify the indication of prophylaxis with heparin among patients of several surgical specialties of a School Tertiary Referral Hospital. METHODS: It was accomplished a prospective study during 10 consecutive days in each month, from September to December of 2005, with 360 patients surgically treated in the specialties: General Surgery, Gynecology, Neurosurgery, Ortopedy and Traumatology, Urology and Angiology and Vascular Surgery, identifying risk factors for the development of venous thromboembolism (VTE) and the use of heparin prophylaxis according to the recommendations of the Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery. RESULTS: Three hundred and fifty seven patients were evaluated, 24 (6,7%), 128 (35,9%) and 205 (57,4%) were included in low risk, medium risk and high risk for venous thromboembolism, respectively. One hundred and eighty four patients (51,5%) of the sample received prophylactic heparin. Heparin was used in 73,3% of the patients of General Surgery, 16,7% of Gynecology, 50,0% of Neurosurgery, 32,5% of Ortopedy and Traumatology, 37,3% of Urology and 97,7% of Angiology and Vascular Surgery. Only 38,3% of medium risk and 64,4% of high risk patients received prophylactic heparin. Heparin was suitably used in 77,6% of medium risk and in 63,6% of high risk patients. Thrombocytopenia, minor bleeding and major bleeding occurred in 3 (1,6%), 12 (6,5%) and 2 (1,1%) of the patients, respectively. Thromboembolic complications occurred in 6 (1,7%) cases. CONCLUSION: Although the indications of prophylactic heparin to venous thromboembolism are well known, we verify an incomplete adhesion of medical professionals, exposing patients to severe complications.
  • Maior prevalência de obesidade na doença do refluxo gastroesofagiano erosiva Artigos Originais

    Biccas, Beatriz N.; Lemme, Eponina Maria Oliveira; Abrahão Jr., Luiz J.; Aguero, Gustavo Cálcena; Alvariz, Ângela; Schechter, Rosana Bihari

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: Existe uma noção geral de que indivíduos obesos desenvolvem mais freqüentemente a doença do refluxo gastroesofagiano, sendo a orientação de perder peso parte integrante do seu tratamento. Entretanto, uma base científica para esta associação não está plenamente estabelecida. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de obesidade e sobrepeso em pacientes com sintomas típicos de refluxo, com e sem esofagite erosiva. Analisar a prevalência de hérnia hiatal e a intensidade do refluxo anormal em relação ao índice de massa corporal nos dois grupos de pacientes. MÉTODOS: Foram examinadas retrospectivamente 362 pHmetrias de pacientes com pirose, todos com endoscopia digestiva alta prévia, definindo-se esofagite erosiva pela presença de erosões esofagianas macroscópicas e hérnia de hiato quando à junção esôfago-gástrica estava 2 cm ou mais acima do pinçamento diafragmático. Pacientes com esôfago de Barrett ou estenose péptica foram excluídos. A população foi dividida em três grupos de acordo com o índice de massa corpórea: peso normal, com índice de massa corporal entre 20 e 24,9, sobrepeso, com 25 e 29,9 e obesos com índice superior a 30. O diagnóstico de refluxo gastroesofagiano anormal com sua intensidade foi avaliado de acordo com os resultados de pHmetrias, analisados nos grupos de pacientes com e sem esofagite erosiva em relação ao índice de massa corporal. RESULTADOS: Entre os 362 pacientes, havia 148 (41%) com e 214 (59%) sem esofagite erosiva, sendo a pHmetria anormal em 100% e 57% dos pacientes, retrospectivamente. Entre os 148 (61% do sexo masculino, mediana de idade de 50 anos), 41 (28%) apresentavam peso normal, 82 (55%) sobrepeso e 25 (17%) eram obesos. Havia 88 (60%) com hérnia hiatal, sendo 29 (71% dos pacientes com peso normal), 45 (55% dos com sobrepeso) e 14 (56% dos obesos). Nos 121 indivíduos sem esofagite erosiva e com pHmetria anormal, diagnosticados como doentes com doença do refluxo não-erosiva (38% masculino, mediana de idade de 50 anos), havia 51 (42%) pacientes com peso normal, 55 (46%) com sobrepeso e 15 (12%) eram obesos. Detectou-se hérnia de hiato em 52 (43%) dos 121 pacientes, sendo 21 (41% dos indivíduos com peso normal), 24 (44% dos com sobrepeso) e 7 (47% dos obesos). Naqueles 93 pacientes sem esofagite erosiva e com pHmetria normal (39% homens, mediana de idade de 43 anos) havia 43 (46%) pacientes com peso normal, 38 (41%) com sobrepeso e 12 (13%) obesos, sendo 26 (28%) com hérnia hiatal. A prevalência de hérnia de hiato, assim como o número de pacientes com obesidade e sobrepeso foi significantemente maior no grupo de doença do refluxo erosiva, quando comparado ao grupo sem esofagite erosiva. A intensidade do refluxo, assim como a prevalência de hérnia hiatal foram similares nos pacientes com peso normal, sobrepeso e obesos, em ambos os grupos. CONCLUSÃO:A prevalência de obesidade e sobrepeso é maior em indivíduos com doença do refluxo erosiva do que naqueles sem esofagite erosiva. Não houve diferença na intensidade do refluxo entre as várias categorias de índice de massa corporal, em nenhum dos grupos estudados. Embora a hérnia hiatal seja mais prevalente na doença do refluxo erosiva, esta superioridade não se relacionou ao excesso de peso.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Weight loss is commonly recommended as a treatment for gastroesophageal reflux; however, a relationship between excessive body weight and gastroesophageal reflux disease is not well established. OBJECTIVES: To evaluate the prevalence of obesity and over-weight in patients with heartburn, with and without erosive esophagitis; to analyze the prevalence of hiatal hernia and the intensity of abnormal gastroesophageal reflux in both groups of patients, and its relation to body mass index. METHODS: The data of pH monitoring of 362 individuals with heartburn were evaluated retrospectively. All patients had an upper gastrointestinal endoscopy and erosive esophagitis was defined by the presence of macroscopic erosion on the esophageal mucosa. Hiatal hernia was considered when the gastroesophageal junction was positioned 2 cm or more above the diaphragm. Patients with Barrett's esophagus or esophageal peptic stenosis were excluded. The population was categorized according to body mass index as normal weight (body mass index between 20 and 24.9); over-weight (between 25 and 29.9), and obese (greater than 30). The diagnosis as well as the intensity of abnormal gastroesophageal reflux were obtained through the analysis of the results of pH monitoring in patients with and without erosive esophagitis and in the various categories of body mass index. RESULTS: Among the 362 patients there were 148 (41%) with erosive esophagitis and 214 (59%) without erosive esophagitis, while the pH monitoring was abnormal in 100% and 57%, respectively. Among the 148 individuals with erosive esophagitis (61% male, median age 50 years), 41 (28%) had normal weight, 82 (55%) had over-weight and 25 (17%) were obese. There were 88 (60%) patients with hiatal hernia, which was present in 29 (71% of patients with normal weight), 45 (55% of patients with over-weight) and 14 (56% of obese individuals). In 121 patients without erosive esophagitis who had abnormal pH monitoring, diagnosed as non erosive reflux disease (38% male, median age 50 years), 51 (42%) patients had normal weight, 55 (46%) had over-weight and 15 (12%) were obese. Hiatal hernia was detected in 52 out of 121 (43%) patients and in 21 (41%) out of 51 individuals with normal weight, 24 (44%) of over-weight and 7 (47%) of obese. In the group of 93 patients without erosive esophagitis and normal pH monitoring (29% male, median age 43 years), 26 (28%) had hiatal hernia and there were 43 (46%) individuals with normal weight, 38 (41%) with over-weight and 12 (13%) were obese. The number of patients with obesity and over-weight was significantly higher in the group with erosive esophagitis compared to the ones without erosive esophagitis. The prevalence of hiatal hernia was also superior in the erosive reflux disease patients. The reflux intensity and the prevalence of hiatal hernia were similar in patients with normal weight, over-weight and obesity in the group with erosive reflux disease and non-erosive reflux disease. CONCLUSION: There was a greater prevalence of obesity and over-weight in the group of patients with erosive esophagitis compared to patients with non-erosive reflux disease. There was no difference in reflux intensity measurements in any of the body mass index categories, in both groups. Although there was a major prevalence of hiatal hernia in the group of erosive reflux disease patients, this superiority was not extended to the categories of excessive weight in both groups.
  • Incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais na região centro-oeste do Estado de São Paulo Original Articles

    Victoria, Carlos Roberto; Sassak, Ligia Yukie; Nunes, Hélio Rubens de Carvalho

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: No Brasil, a incidência e prevalência populacionais das doenças inflamatórias intestinais são desconhecidas. OBJETIVO: Neste trabalho, estimou-se esses parâmetros na área que abrange a antiga região de saúde DIR 11, no centro-oeste do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Usou-se um registro sequencial de 115 pacientes (>15 anos de idade) com doenças inflamatórias intestinais, residindo na área de estudo, atendidos durante período de 20 anos (1986-2005) em hospital de referência. Estimou-se, para quatro períodos consecutivos de 5 anos, as incidências e prevalências de acordo com os tipos de doença e do sexo de doentes. As suas inter-relações foram analisadas utilizando o modelo de regressão linear de Poisson. RESULTADOS: Na região, as doenças inflamatórias intestinais foram predominantes em mulheres jovens, da raça branca, residindo na zona urbana.A incidência da retocolite foi maior que a da doença de Crohn e das colites não classificadas, e diferentemente dessas duas ultimas, mostrou decréscimo no último período (2001-2005). Neste mesmo período, a taxa da incidência para a retocolite foi de 4,48 casos/100.000 habitantes, para a doença de Crohn atingiu 3,50 casos/100.000 habitantes e a das colites não classificadas foi de 1,75 casos/100.000 habitantes. As prevalências atingiram os valores de 14,81 casos/100.000 habitantes para a retocolite, 5,65 casos/100.000 habitantes para a doenças de Crohn e 2,14 casos/100.000 habitantes. Considerando todas as doenças inflamatórias a prevalência atingiu o valor de 22,61 casos/100.000 habitantes. CONCLUSÃO:A incidência dessas doenças inflamatórias intestinais nessa região é baixa, igualando-se aos países da América Latina e do sul da Europa e sua crescente prevalência justifica políticas de saúde para as suas abordagens.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT:The incidence and populational prevalence of inflammatory bowel diseases, hitherto unknown in Brazil, were estimated for a region in the Midwest of São Paulo State, Brazil. METHODS: Using a sequential registry of 115 adult patients (>15 years old) with inflammatory bowel diseases - exclusively residing in the studied region with 533,508 inhabitants (2005) and attended at the reference hospital during a 20 year interval (1986-2005) - were estimated, in four consecutives periods of 5 years each, the incidences according to gender, type of the disease and the prevalence of these diseases, and its inner-relations evaluated by the Poisson regression model. RESULTS: The inflammatory bowel diseases in the studied region predominated among young, white race and people living in urban area, and the incidence on the female population rose during this period. The incidence of ulcerative colitis were higher than Crohn's disease and non-classified colitis, and showed a progressive increase in the first three periods with a decrease in the last one (2001-2005), where the observed rates of ulcerative colitis, Crohn's disease and non-classified colitis were 4.48, 3.50 and 1.75 cases/100,000 inhabitants, with prevalence of 22.61, 14.81, 5.65, 2.14 cases/100,000 inhabitants for total inflammatory bowel diseases. CONCLUSION: The inflammatory bowel diseases incidence in the studied area was as low as in other countries of Latin America and smaller than that found in countries of South Europe. The crescent prevalence justifies the policies to adequate medical cares for inflammatory bowel diseases patients in this area.
  • Valor prognóstico da distribuição do antígeno carcinoembriônico (CEA) no tecido neoplásico do carcinoma colorretal Original Articles

    Nazato, Débora Maria; Matos, Leandro Luongo de; Waisberg, Daniel Reis; Souza, José Roberto Martins de; Martins, Lourdes Conceição; Waisberg, Jaques

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: O antígeno carcinoembrionário (CEA) pode ser detectado no tecido do carcinoma colorretal, mas seu papel na sobrevivência dos doentes permanece controverso. OBJETIVO: Caracterizar a expressão do CEA tecidual com coloração imunoistoquímica na neoplasia colorretal e analisar a relação entre esse achado e os níveis plasmáticos pré-operatórios do CEA, aspectos morfológicos e a sobrevivência dos doentes operados com intenção curativa de carcinoma colorretal. MÉTODO: Quarenta e sete doentes foram incluídos neste estudo: 18 (38,3%) homens e 29 (61,7%) mulheres, com média de idade de 67,8 ± 9,7 anos (37 to 84 anos). Imediatamente antes da laparotomia, foram obtidos os níveis plasmáticos pré-operatórios do CEA. Níveis séricos pré-operatórios normais de CEA foram considerados < 2,5 ng/mL para não-fumantes e <5,0 ng/mL para fumantes. O estudo imunoistoquímico do CEA foi realizado utilizando anticorpo monoclonal de rato anti-CEA humano. A expressão da imunocoloração de cada neoplasia foi classificada de acordo com o padrão de distribuição tecidual do CEA em apical ou citoplasmática. As variáveis consideradas para a análise estatística foram os níveis plasmáticos pré-operatórios do CEA, localização da lesão no intestino grosso, diâmetro da lesão, comprometimento dos linfonodos, classificação de Dukes, invasão venosa, grau de diferenciação celular, sobrevivência e padrão da distribuição tecidual do CEA. Os modelos estatísticos utilizados foram correlação de Spearman, teste de Mann-Whitney, teste de Kruskal-Wallis e teste t de Student. A sobrevivência dos doentes foi analisada utilizando-se o método de Kaplan-Meier. RESULTADOS: O valor médio de CEA pré-operatório foi de 15,4 ± 5,5 ng/mL (0,2 a 92,1 ng/mL). A neoplasia estava localizada no colo em 29 (61,7%) e no reto em 18 (38,3%) doentes. Oito (17,0%) doentes foram classificados como estádio A de Dukes, 22 (46,8%) como estádio B e 17 (36,2%) como estádio C. No estudo imunoistoquímico, o padrão de distribuição tecidual do CEA foi apical em 33 (70,2%) doentes e citoplasmático em 14 (29,8%) enfermos. Doentes com padrão apical apresentaram média do nível sérico do CEA de 15,5 ± 6,5 ng/mL e os com padrão citoplasmático obtiveram média do nível sérico de CEA de 15,1 ± 7,3 ng/mL, sem diferença significante entre esses valores (P = 0,35). A distribuição apical do CEA ocorreu em 6 (12,8%) doentes Dukes A, 18 (38,2%) Dukes B e 9 (12,2%) Dukes C. Por sua vez, a distribuição tecidual citoplasmática do CEA foi observada em dois (4,2%) enfermos Dukes A, três (6,4%) Dukes B e nove (19,1%) Dukes C. Os doentes com neoplasia Dukes B apresentaram padrão de distribuição tecidual de CEA apical significantemente maior (P = 0,049) do que os enfermos com padrão tecidual citoplasmático de CEA. O padrão de distribuição apical do CEA na neoplasia foi significantemente mais freqüente nas neoplasias sem acometimento linfonodal quando comparado com o padrão citoplasmático (P = 0,50). A localização cólica ou retal (P = 0,21), tamanho da lesão no maior eixo (P = 0,19), invasão venosa (P = 0,13) e grau de diferenciação celular (P = 0,19) não mostraram diferenças significantes em relação ao padrão de distribuição tecidual apical ou citoplasmático do CEA. Dos 47 doentes operados, 33 (70,2%) sobreviveram mais de 5 anos e a sobrevivência média foi de 31,1 ± 5,6 meses. A sobrevivência dos doentes com distribuição tecidual de CEA apical e citoplasmática não mostrou diferença significante (P = 0,38). CONCLUSÕES: Embora o padrão de distribuição apical do CEA tenha sido significantemente mais freqüente nos estádios menos avançados da classificação de Dukes, a distribuição tissular do CEA não apresentou relação com seus níveis plasmáticos, aspectos morfológicos da neoplasia e com a sobrevivência dos doentes com carcinoma colorretal operado com intenção curativa.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Carcinoembryonic antigen (CEA) can be detected in colorectal tumor tissue but its role in the survival of patients remains controversial. OBJECTIVE: To characterize the expression of tissue CEA using immunohistochemical staining in colorectal tumors and to analyze the relationship between this finding and preoperative plasmatic level of CEA, morphologic features and survival of patients operated with curative intent for colorectal carcinoma. METHOD: Forty-seven patients were included in the study: 18 (38.3%) males and 29 (61.7%) females, with a mean age of 67.8 ± 9.7 years (37 to 84 years). Immediately before laparotomy, pre-operative serum levels of CEA were obtained where normal levels were considered <2.5 ng/mL for non-smokers, and <5.0 ng/mL for smokers. CEA immunohistochemical studies were carried out using anti-human CEA monoclonal mouse antibody. The expression of immunostaining for each neoplasia was classified according to the pattern of CEA tissular distribution into apical or cytoplasmic. The variables considered for the statistical analysis were plasmatic preoperative CEA level, location of the lesion within the large intestine, lesion diameter, lymph node involvement, Duke's classification, vein invasion, grade of cellular differentiation, survival and pattern of CEA tissular distribution. The statistical models utilized were Spearman's correlation and the Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and Student t tests. Patients' survival was analyzed using the Kaplan-Meier method. RESULTS: The mean preoperative CEA value was 15.4 ± 5.5 ng/mL (0.2 to 92.1 ng/mL). The neoplasm was located in the colon in 29 (61.7%) and in the rectum in 18 (38.3%) patients. Eight (17.0%) patients were classified as Duke's stage A, 22 (46.8%) as stage B and 17 (36.2%) as stage C. On immunohistochemical studies, the pattern of CEA tissular distribution was apical in 33 (70.2%) patients and cytoplasmic in 14 (29.8%) patients. Patients with apical patterns presented a mean sera CEA level of 15.5 ± 6.5 ng/mL while those with cytoplasmic pattern attained a mean sera CEA level of 15.1 ± 7.3 ng/mL, with no significant difference between these values (P = 0.35). Apical distribution of CEA occurred in 6 (12.8%) Duke A, 18 (38.2%) Duke B and 9 (12.2%) Duke C patients, while cytoplasmic CEA tissular distribution was observed in 2 (4.2%) Duke A, 3 (6.4%) Duke B and 9 (19.1%) Duke C patients. Patients with Duke B neoplasms presented significantly more apical CEA tissular distribution patterns (P = 0.049) than subjects with cytoplasmic CEA tissular patterns. The apical CEA tissular distribution pattern in neoplasms was significantly more frequent in neoplasms with no lymph node compromise compared to the cytoplasmic pattern (P = 0.50). However, no significant differences were seen between apical and cytoplasmic CEA tissular distribution patterns in terms of colon or rectal site (P = 0.21), lesion diameter across greatest axis (P = 0.19), vein invasion (P = 0.13) or degree of cellular differentiation (P = 0.19). Of the 47 patients operated, 33 (70.2%) survived for more than 5 years where mean survival was 31.1 ± 5.6 months. Survival between patients with apical and cytoplasmic CEA tissular distribution showed no significant difference (P = 0.38). CONCLUSIONS: Although the apical distribution pattern of CEA was significantly more frequent in more advanced stages of Duke's classification, the CEA tissular distribution presented no relationship with serum CEA levels, morphological features of the neoplasm or survival of patients undergoing curative colorectal carcinoma resection.
  • Resistência ao fluconazol em pacientes com candidíase esofágica Original Articles

    Wilheim, Ana Botler; Miranda-Filho, Demócrito de Barros; Nogueira, Rodrigo Albuquerque; Rêgo, Rossana Sette de Melo; Lima, Kedma de Magalhães; Pereira, Leila Maria Moreira Beltrão

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: A candidíase esofágica é comumente observada em pacientes com fatores de risco para seu desenvolvimento. OBJETIVOS:Determinar a freqüência da candidíase esofágica, por meio da endoscopia digestiva alta; identificar as espécies de Candida envolvidas na patogênese da candidíase esofágica e sua distribuição de acordo com o fator predisponente; determinar a susceptibilidade ao fluconazol nas amostras coletadas. MÉTODOS: De março de 2006 a abril de 2007, os pacientes submetidos a esofagogastroduodenoscopia no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife, PE, foram considerados elegíveis para o estudo. Aqueles que apresentaram lesões compatíveis com candidíase esofágica tiveram amostras coletadas para a identificação das espécies de Candida, de sua sensibilidade ao fluconazol e descritos os fatores de risco para a doença. RESULTADOS: Dos 2.672 pacientes encaminhados para endoscopia, 40 (1,5%) apresentaram achados compatíveis com candidíase esofágica. A média de idade foi de 49,1 anos. Vinte e um pacientes (52,5%) tinham menos que 50 anos, dos quais 82,6% eram infectados pelo HIV. A maioria (52,5%) era homens e 65,0% encontravam-se internados. Fatores predisponentes foram identificados em 90% da amostra, sendo que 21 (52,5%) eram HIV positivos. As formas mais graves de esofagite foram encontradas em 50% dos pacientes com CD4 <200. Espécies de Candida não-albicans foram detectadas em 22,7% dos pacientes HIV positivos e em 45% dos pacientes não infectados. A resistência ao fluconazol foi observada em seis amostras (14,28%) e a sensibilidade dose-dependente em duas (4,76%). CONCLUSÃO:A prevalência de candidíase esofágica foi baixa, embora dentro de variação esperada. Pacientes homens e que estavam internados foram os mais acometidos. Houve variação nas espécies encontradas, de acordo com as características dos grupos estudados. Tanto a resistência ao fluconazol como a sensibilidade dose-dependente foram consideradas altas.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Esophageal candidiasis is often observed in patients with risk factors for its development and fluconazole is the therapeutic choice for the treatment of this disease. OBJECTIVES: To determine its frequency, by performing upper digestive endoscopy; to determine Candida species involved in its pathogenesis and verify their distribution according with the predisposing factors and to determine susceptibility to fluconazole in the samples. METHODS: From March 2006 to April 2007, all patients submitted to esophagogastroduodenoscopy at the Digestive Endoscopy Unit in the Oswaldo Cruz University Hospital, Recife, PE, Brazil, were eligible for the study. Samples were collected from patients who presented lesions consistent with esophageal candidiasis in order to identify Candida species and verify their susceptibility to fluconazole. The predisposing factors for the occurrence of esophageal candidiasis were described. RESULTS: Of 2,672 patients referred to upper endoscopy at the Digestive Endoscopy Unit, 40 (1.5%) had endoscopic findings compatible with esophageal candidiasis. The average age was 49.1 years. Twenty one patients (52.5%) were less than 50 years old, of which 82.6% were infected with HIV. Most of them (52.5%) were males and 65.0% were inpatients. Diseases were identified in 90% of the patients and 21 (52.5%) were HIV positive. Concerning endoscopic findings, severe forms of esophagitis were found in 50% of the patients with CD4 count <200. Non-albicans Candida species were isolated in 22.7% of HIV positive and in 45% HIV negative patients. A total of 6 (14.28%) samples were resistant to fluconazole, while 2 (4.76%) samples had dose depending susceptibility to this drug. CONCLUSIONS: Esophageal candidiasis prevalence was low, although within the results described by other authors. Male and inpatients were the most affected. The species isolated varied according to the characteristics of each group studied. Both, resistance and dose-depending susceptibility to fluconazole were considered high.
  • Recurrência da Hepatite C após transplante hepático de doador vivo e falecido Artigos Originais

    Coelho, Júlio Cezar Uili; Okawa, Luciano; Parolin, Mônica Beatriz; Freitas, Alexandre Coutinho Teixeira de; Matias, Jorge E. Fouto; Matioski, Alysson Rogério

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Determinar a recurrência da hepatite C em pacientes submetidos a transplante hepático de doador vivo comparados com os submetidos a transplante hepático de doador falecido. MÉTODOS: Do total de 333 transplantes hepáticos, 279 (83,8%) eram de doador falecido e 54 (16,2%) de doador vivo. Hepatopatia crônica pelo vírus da hepatite C foi a indicação mais comum tanto de transplante hepático de doador falecido (82 pacientes) como de doador vivo (19 pacientes). O protocolo de estudo eletrônico de todos pacientes com hepatopatia crônica pelo vírus da hepatite C foi avaliado. Os dados coletados foram analisados estatisticamente conforme a idade, sexo, resultado dos exames laboratoriais, recidiva do vírus da hepatite C e rejeição aguda. RESULTADOS: O total de 55 transplantes hepáticos de doador falecido e 10 de doador vivo realizados em pacientes com cirrose hepática pelo vírus da hepatite C, foi incluído no estudo. As características clínicas e laboratoriais pré-transplante dos dois grupos foram similares, exceto o tempo de atividade de protrombina que foi maior no grupo de transplante hepático de doador falecido do que no de doador vivo (P = 0,04). A recidiva da hepatite C foi similar nos grupos de transplante hepático de doador falecido (n = 37; 69,3%) e de doador vivo (n = 7; 70%) (P = 0,8). A incidência de rejeição aguda foi igual no grupo de transplante hepático de doador falecido (n = 27; 49%) e no grupo de doador vivo (n = 2; 20%) (P = 0,08). A recurrência do vírus da hepatite C nos pacientes do grupo de transplante hepático de doador falecido que receberam pulsoterapia (9 de 11 pacientes) foi similar aos demais pacientes (28 de 44 pacientes) (P = 0,25). A recurrência também foi similar nos pacientes do grupo de transplante hepático de doador vivo que receberam pulsoterapia (1 de 1 paciente) em relação aos que não receberam (6 de 9 pacientes) (P = 0,7). CONCLUSÕES: A recurrência do vírus da hepatite C é similar nos receptores de transplante hepático de doador falecido e de doador vivo.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To determine the recurrence of hepatitis C in patients subjected to living donor liver transplantation compared to those subjected to cadaveric liver transplantation. METHODS: Of a total of 333 liver transplantations, 279 (83.8%) were cadaveric liver transplantation and 54 (16.2%) living donor liver transplantation. Hepatic cirrhosis due to hepatitis C virus was the most common indication of both cadaveric liver transplantation (82 patients) and living donor liver transplantation (19 patients). The electronic study protocols of all patients with hepatic cirrhosis due to hepatitis C virus were reviewed. All data, including patients' age and sex, laboratory tests, hepatitis C virus recurrence and acute rejection were evaluated statistically. RESULTS: A total of 55 cadaveric liver transplantation and 10 living donor liver transplantation performed in patients with liver cirrhosis due to hepatitis C virus was included in the study. Clinical and laboratory characteristics of the two groups before the transplantation were similar, except for the prothrombin time that was higher for the cadaveric liver transplantation than the living donor liver transplantation (P = 0.04). Hepatitis C virus recurrence was similar in the cadaveric liver transplantation (n = 37; 69.3%) and living donor liver transplantation (n = 7; 70%) groups (P = 0.8). The incidence of acute rejection was similar in cadaveric liver transplantation (n = 27; 49%) and living donor liver transplantation (n = 2; 20%) groups (P = 0.08). Hepatitis C virus recurrence in patients of the cadaveric liver transplantation group who received bolus doses of corticosteroids (9 of 11 patients) was similar to the remained patients (28 of 44 patients) (P = 0.25). Recurrence was also similar in patients of the living donor liver transplantation group who received bolus doses of corticosteroids (one of one patient) in relation to those who did not receive them (six of nine patients) (P = 0.7). CONCLUSION: Hepatitis C recurrence is similar in patients who underwent living donor liver transplantation or cadaveric liver transplantation.
  • Detecção de encefalopatia hepática mínima através de testes neuropsicológicos e neurofisiológicos e o papel da amônia no seu diagnóstico Artigos Originais

    Bragagnolo Jr., Maurício Augusto; Teodoro, Vinícius; Lucchesi, Lígia Mendonça; Ribeiro, Tarsila Campanha da Rocha; Tufik, Sérgio; Kondo, Mário

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: A encefalopatia hepática mínima vem sendo sistematicamente investigada em pacientes com cirrose hepática. Entretanto, existem controvérsias quanto aos melhores métodos, bem como o papel da amônia para seu diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar a frequência de encefalopatia hepática mínima diagnosticada através de testes neuropsicológicos e neurofisiológicos em cirróticos, bem como os possíveis fatores de risco para esta condição, incluindo o papel da concentração arterial de amônia em seu diagnóstico. MÉTODOS: Indivíduos com cirrose hepática foram avaliados através do teste de conexão numérica partes A e B (TCN-A e TCN-B) e potencial evocado relacionado a eventos (P300). O diagnóstico de encefalopatia hepática mínima foi feito quando da presença de anormalidade no P300 e em, pelo menos, um dos testes neuropsicológicos. As concentrações arteriais de amônia, a escolaridade e a gravidade da cirrose hepática também foram avaliadas em todos. RESULTADOS: Foram avaliados 48 pacientes cirróticos, com média de idade 50 ± 8 anos, sendo 79% do sexo masculino. As principais causas foram a alcoólica e a viral. O P300 foi anormal em 75% dos casos e o TCN-A e TCN-B anormais em 58% e 65% dos casos, respectivamente. Os resultados do TCN-B foram influenciados pela escolaridade. A frequência de encefalopatia hepática mínima foi de 50%. A concentração arterial de amônia não foi significantemente maior em pacientes com diagnóstico de encefalopatia hepática mínima (195 ± 152 mmol/L versus 148 ± 146 mmol/L; P>0,05). Não houve diferença significante entre os grupos com e sem encefalopatia hepática mínima quanto às demais variáveis estudadas. CONCLUSÃO:A encefalopatia hepática mínima é condição frequente em pacientes com cirrose hepática. A concentração arterial de amônia não parece ter papel importante no seu diagnóstico.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Minimal hepatic encephalopathy has been systematically investigated in cirrhotic patients. Although, there are controversies regarding the best methods as well as the role of ammonia for its diagnosis. OBJECTIVE: To evaluate the frequency of minimal hepatic encephalopathy diagnosed by neuropsychological and neurophysiological methods in cirrhotic patients, as well as possible associated risk factors for this condition, including the role of arterial ammonia concentrations for its diagnosis. METHODS: Cirrhotic patients were evaluated by the number connection test parts A and B (NCT-A and NCT-B), and auditory evoked-related potentials (P300). Minimal hepatic encephalopathy was diagnosed by the presence of abnormal P300 and in unless one of the performed neuropsychologic tests. Arterial ammonia concentration, scholarity and cirrhosis severity accessed by Child-Pugh classification were evaluated in all. RESULTS: Forty-eight cirrhotic patients were evaluated, with median age 50 ± 8 years old, 79% male. The main etiologies were alcoholic and viral. The P300 was abnormal in 75% of cases, while NCT-A and NCT-B were abnormal in 58% and 65%, respectively. The NCT-B results were influenced by scholarity. The minimal hepatic encephalopathy frequency was 50%. Arterial ammonia concentration was not significantly increased in minimal hepatic encephalopathy diagnosed patients (195 ± 152 mmol/L versus 148 ± 146 mmol/L; P>0,05). There was no difference between groups with or without minimal hepatic encephalopathy in the other studied variables. CONCLUSION: Minimal hepatic encephalopathy is a frequent condition in cirrhotic patients. The arterial ammonia concentration does not play a major role in its diagnosis.
  • Trombose de veia porta após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: Qual a real importância? Artigos Originais

    Makdissi, Fábio Ferrari; Herman, Paulo; Machado, Marcel Autran C.; Pugliese, Vincenzo; D'Albuquerque, Luiz Augusto Carneiro; Saad, William A.

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: A complicação mais frequente após a desconexão ázigo-portal e esplenectomia em doentes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica é a trombose da veia porta. OBJETIVOS:Avaliar a incidência, os fatores preditivos dessa complicação, assim como, a evolução clínica, laboratorial, endoscópica e ultrassonográfica desses pacientes. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 155 doentes esquistossomóticos submetidos a desconexão ázigo-portal e esplenectomia. RESULTADOS: Trombose de veia porta foi observada em 52,3% dos pacientes, sendo 6,5% de trombose total e 45,8% de trombose parcial. Os pacientes que evoluíram com trombose de veia porta apresentaram mais frequentemente diarreia no pós-operatório. Febre foi evento habitual que ocorreu em 70% dos casos, mais frequente, entretanto, nos doentes com trombose total da veia porta (100%). Trombose de veia mesentérica superior ocorreu em quatro doentes (2,6%), sendo mais frequente entre os com trombose total da veia porta. Não se encontrou diferença estatística quanto aos parâmetros clínicos, laboratoriais, endoscópicos e recidiva hemorrágica no pós-operatório tardio, quando comparados os pacientes com e sem trombose portal. CONCLUSÕES: A trombose de veia porta no pós-operatório da desconexão ázigo-portal e esplenectomia é evento frequente, sem nenhum fator preditivo para sua ocorrência; na maioria dos casos a trombose é parcial e apresenta evolução benigna, com baixa morbidade; trombose total da veia porta está mais frequentemente associada à trombose da veia mesentérica superior, com elevada morbidade; a trombose da veia porta, parcial ou total, não acarretou complicações no período pós-operatório tardio.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Portal vein thrombosis is the most frequent complication after esophagogastric devascularization and splenectomy for hepatosplenic schistosomosis. OBJECTIVE: To evaluate portal vein thrombosis in 155 patients with schistosomal portal hypertension submitted to esophagogastric devascularization and splenectomy. METHODS: We retrospectively analyzed not only the incidence and predictive factors of this complication, but also clinical, laboratorial, endoscopic and Doppler sonography outcome of these patients. RESULTS: Postoperative portal thrombosis was observed in 52.3% of the patients (partial in 45.8% and total in 6.5%). Postoperative diarrhea was more frequent in patients with portal vein thrombosis. Fever was a frequent postoperative symptom (70%) but occurred in a higher percentage when total portal vein thrombosis was present (100%). Superior mesenteric vein thrombosis occurred in four patients (2.6%) and was associated with total thrombosis of the portal vein. There was no statistical difference between patients with and without portal vein thrombosis according to clinical and endoscopic parameters during late follow-up. It was not possible to identify any predictive factor for the occurrence of this complication. CONCLUSIONS: Portal vein thrombosis is an early and frequent event after esophagogastric devascularization and splenectomy, usually partial with benign outcome and low morbidity. Total portal vein thrombosis is more frequently associated with a high morbidity complication, the superior mesenteric vein thrombosis. Long-term survival was not influenced by either partial or total portal thrombosis.
  • Conhecimento dos obstetras sobre a transmissão vertical da hepatite B Artigos Originais

    Conceição, Joseni Santos da; Diniz-Santos, Daniel Rui; Ferreira, Cibele Dantas; Paes, Fernanda Nunes; Melo, Clotildes Nunes; Silva, Luciana Rodrigues

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: A transmissão vertical é responsável por 35% a 40% dos novos casos de hepatite B no mundo e a infecção precoce pelo vírus da hepatite B aumenta o risco de evolução para a hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. OBJETIVO: Determinar o conhecimento dos obstetras sobre as práticas para o diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite B em gestantes e as condutas para a prevenção desta infecção em recém-nascidos de mães infectadas. MÉTODOS: Foram sorteados aleatoriamente profissionais de saúde cadastrados na Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, que foram convidados a responder um questionário anônimo com informações sobre sua formação acadêmica, o local de trabalho, o contato com estudantes e as suas práticas profissionais em relação ao vírus da hepatite B. Adotou-se como critério de exclusão o não exercício atual da obstetrícia e a não residência na Bahia. A análise dos dados foi feita através do programa estatístico Epiinfo e para análise das correlações foi adotado intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram entrevistados 301 obstetras, dos quais 90,3% reconheciam a transmissibilidade vertical do vírus da hepatite B e 81,7% solicitavam algum exame para detecção de hepatite B durante o pré-natal de suas pacientes. Sessenta e seis por cento dos médicos entrevistados referiram o AgHBs como o marcador sorológico mais adequado para avaliar a presença de infecção pelo VHB. Apenas 13,0% destes profissionais indicavam de modo sistemático a vacina contra a hepatite B e a administração de imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido de mães infectadas. O número de respostas corretas quanto à transmissibilidade vertical do VHB, ao marcador sorológico mais adequado e à conduta para o recém-nascido de mãe infectada foi maior entre os obstetras que possuíam o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia que entre os demais profissionais (P = 0,018; P = 0,001 e P = 0,002, respectivamente). CONCLUSÕES: Observou-se a inadequação do conhecimento dos obstetras sobre as medidas eficazes para a detecção da infecção pelo vírus da hepatite B na gravidez e prevenção da transmissão vertical desse vírus para os recém-nascidos e a necessidade de educação continuada sobre as infecções passíveis de transmissão vertical.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Vertical transmission is responsible for 35%-40% of the new cases of hepatitis B worldwide and it is associated with an increased risk of chronic hepatitis B, cirrhosis and hepatocellular carcinoma. OBJECTIVE: To describe obstetricians' knowledge on the recommended measures to the diagnosis of the infection by the hepatitis virus B in pregnant women and to prevent the transmission of this infection to the babies of infected mothers. METHODS: Obstetricians registered at the "Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia", Salvador, BA, Brazil were randomly selected and invited to answer a questionnaire with questions regarding their academic formation, workplace, contact with medical students and their practices about the hepatitis virus B. Individuals who were not currently working as obstetricians or were not living in the state of Bahia were excluded from the study. Data were analyzed with the EpiInfo software with a 95% confidence interval. RESULTS: Three hundred and one obstetricians answered the questionnaire: 90.3% of them recognized that the hepatitis virus B could be transmitted vertically and 81.7% routinely screened their patients for hepatitis virus B infection during prenatal consultations; 66.0% considered HBsAg the best serological marker to be employed on the screening. Only 13.0% systematically recommended the vaccination against hepatitis virus B and the administration of immunoglobulin to the newborns of infected mothers in the first 12 hours of life. The frequency of correct answers about the vertical transmission of hepatitis virus B, the best serological marker for screening and the management of infected mothers and their newborns was higher among professionals who had the "Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO)" than among the remaining ones (P = 0.018, P = 0.001 and P = 0,002, respectively). CONCLUSION: We observed that the knowledge of the obstetricians about the diagnosis and management of hepatitis virus B infection during pregnancy is not adequate, reinforcing the need of continuous medical education programs on the infections that can be transmitted vertically.
  • Estado nutricional de pacientes com atresia biliar e hepatite autoimune e relação com os níveis séricos de vitaminas A, D e E Pediatric Gastroenterology

    Saron, Margareth L. G.; Godoy, Helena T.; Hessel, Gabriel

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: As doenças hepáticas crônicas podem induzir à má absorção de lipídios e vitaminas lipossolúveis e levar ao comprometimento do estado nutricional. OBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional e relacionar com os níveis séricos de vitaminas (A, D e E) e a gravidade da doença em pacientes com atresia biliar e hepatite autoimune na faixa etária pediátrica. MÉTODOS: O estudo foi transversal controlado e foram avaliados os pacientes com hepatite autoimune e atresia biliar e um grupo controle pareado por sexo e idade. Foi realizada avaliação antropométrica, aplicação do inquérito alimentar e determinação dos níveis séricos das vitaminas A, D e E pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência. Foram empregados os testes de Mann-Whitney, o coeficiente de correlação de Spearman e análise de variância (ANOVA), sendo considerada diferença significativa se P<0,05. RESULTADOS: O déficit nutricional mais grave foi observado nos pacientes com atresia biliar, principalmente com colestase. Em relação às vitaminas, no grupo controle, constatou-se que os níveis séricos das vitaminas A e E variaram com a idade. Os níveis séricos das vitaminas A, D e E foram maiores no grupo controle em relação aos pacientes com atresia biliar e hepatite autoimune em conjunto ou separadamente. Verificou-se a correlação do peso/idade, prega cutânea tricipital, prega cutânea subescapular, circunferência braquial, área adiposa braquial com a vitamina A e de todos os indicadores antropométricos com a vitamina E nos pacientes com hepatite autoimune e atresia biliar em conjunto. CONCLUSÕES: Os pacientes com atresia biliar e colestase apresentaram o maior comprometimento nutricional. Os pacientes com atresia biliar e hepatite autoimune possuíram menores níveis séricos das vitaminas A, D e E do que o grupo controle. Existe uma correlação diretamente proporcional, principalmente da vitamina E com todos as variáveis antropométricas do grupo de AB e HAI em conjunto.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: Chronic liver disease may induce to malabsorption of lipids and fat-soluble vitamins, leading to injury of nutritional status. OBJECTIVES: To evaluate the nutritional status of pediatric-age patients with autoimmune hepatitis and biliary atresia related to serum levels of vitamins A, D and E and the disease severity. METHODS: This controlled transverse study, evaluated the patients with autoimmune hepatitis and biliary atresia and a reference group paired by sex and age. The patients underwent anthropometric evaluation, alimentary inquiry and determination of serum levels of vitamins A, D and E by high performance liquid chromatography. The Mann-Whitney test, Spearman correlation coefficients and variance analysis (ANOVA) were utilized for data treatment, regarding significant difference if P<0.05. RESULTS: The highest nutritional deficit was observed in patients with biliary atresia, mainly with cholestasis. The serum levels of vitamins A and E for the reference group changed as a function of age. The serum levels of vitamins A, D and E were higher in reference group than in patients with biliary atresia and autoimmune hepatitis together or separately. There were not difference in the serum levels of vitamins A, D and E between biliary atresia groups with cholestasis and without cholestasis. It was verified correlation between weight/age, triceps skinfold thickness, subscapular skinfold thickness, midarm circumference, midarm fat area values and vitamin A serum levels, as well as between all anthropometric indicators and vitamin E in patients with autoimmune hepatitis and biliary atresia. CONCLUSION: The patients with biliary atresia and cholestasis presented the highest nutritional injury. The patients with biliary atresia and autoimmune hepatitis presented lower serum levels of vitamins A, D and E that in control group. There is a directly proportional correlation between vitamin serum levels, mainly vitamin E, and all anthropometric variables of biliary atresia and autoimmune hepatitis groups.
  • Modelo experimental de esteatohepatite não-alcoólica com dieta deficiente em metionina e colina Gastroenterologia Experimental

    Zamin Jr., Idilio; Mattos, Angelo Alves de; Mattos, Ângelo Zambam de; Migon, Eduardo; Soares, Ernesto; Perry, Marcos Luiz Santos

    Resumo em Português:

    CONTEXTO: Ainda existem vários aspectos desconhecidos a respeito da esteatohepatite não-alcoólica, principalmente em relação à fisiopatologia e ao seu tratamento medicamentoso. Dessa forma, os modelos experimentais são importante para o melhor entendimento dessa doença, bem como para a avaliação do efeito das drogas. OBJETIVO: Desenvolver um modelo experimental de esteatohepatite não-alcoólica a partir do uso de dieta deficiente em metionina e colina. MÉTODOS: Foram utilizados 50 ratos machos da linhagem Wistar. A dieta deficiente em metionina e colina foi processada de forma artesanal. Um grupo de 40 animais recebeu a dieta durante 90 dias e utilizou-se um grupo controle com 10 ratos que recebeu ração padronizada pelo mesmo período. Após, os animais foram mortos por decapitação e foi realizada laparotomia com hepatectomia total e preparo do material para análise macroscópica e histológica. O nível de significância foi a = 0,05. RESULTADOS: Os ratos que receberam a dieta apresentaram perda significativa de peso, com achados de desnutrição e todos mostraram, pelo menos, algum grau de esteatose macrovesicular. O diagnóstico de esteatohepatite não-alcoólica foi realizado em 27 (70%) dos 39 ratos que receberam a dieta. Nenhum dos 10 ratos que recebeu ração apresentou alterações histológicas. CONCLUSÃO:A dieta com restrição de metionina e colina desenvolvida apresenta índices elevados de indução de esteatose e esteatohepatite em modelo animal com baixo custo.

    Resumo em Inglês:

    CONTEXT: There are still many unknown aspects about nonalcoholic steatohepatitis, especially regarding its pathophysiology and pharmacological treatment. Thus, experimental models are important for a better understanding of this disease and the evaluation of the effects of drugs. OBJECTIVE: To develop a model of experimental nonalcoholic steatohepatitis from use of methionine and choline deficient diet. METHODS: Fifty Wistar male rats were studied. A methionine and choline deficient diet has been processed in a craft. A group of 40 animals received the deficient diet for 90 days, and a group of 10 rats (control group) received the standardized ration in the same period. After, the animals were killed by decapitation, and laparotomy was performed. Hepatectomy was performed and the liver was studied by macroscopy and microscopy. The level of significance considered was of 0,05. RESULTS: The rats that received the deficient diet showed significant loss of weight with findings from malnutrition and all of them had at least some degree of macrovesicular steatosis. The diagnosis of nonalcoholic steatohepatitis was performed in 27 (70%) of the 39 rats that received this deficient diet (1 rat died during the study). None of the 10 rats that received the standardized diet had histological abnormalities. CONCLUSION: The diet restricted in methionine and choline induced steatosis and steatohepatitis in an animal model with low cost.
  • Prevalência do HBsAg em gestantes de Passo Fundo, RS: estudo comparativo entre os sistemas de saúde público e privado Comunicação Breve

    Liell, Andressa Pilonetto; Weber, Daiane; Toscan, Camila; Fornari, Fernando; Madalosso, Luiz Fernando

    Resumo em Português:

    Estimou-se a prevalência do HBsAg em gestantes dos sistemas de saúde público e privado de Passo Fundo, RS, Brasil. Foram analisados prontuários de 3.573 gestantes de 6 serviços públicos e 16 privados. O nível socioeconômico foi estimado comparando-se o número de gestações. A prevalência geral de HBsAg foi de 0,7%, não diferindo entre os sistemas público e privado (0,64% vs 0,79%; P = 0,603). O número de gestações foi maior nas gestantes do sistema público [2 (1-6) vs 1 (1-3); P = 0,0001]. Conclui-se que a prevalência do HBsAg em gestantes de Passo Fundo é baixa e independente do nível socioeconômico.

    Resumo em Inglês:

    We estimated the prevalence of HBsAg in pregnant women assisted in public and private health systems of the city of Passo Fundo, RS, Brazil. Health registers of 3,573 patients assisted in 6 public and 16 private services were analyzed. The socioeconomic level was estimated comparing the number of pregnancies. Overall prevalence of HBsAg was 0.7%, being similar comparing public and private systems (0.64 vs 0.79%; P = 0.603). Pregnancy number was higher in patients of the private system [2 (1-6) vs 1 (1-3); P = 0.0001]. The prevalence of HBsAg in pregnant women of Passo Fundo was low and independent of the socioeconomic level.
  • Ressecção hepática robótica. Relato de experiência pioneira na América Latina Comunicação Breve

    Machado, Marcel Autran C.; Makdissi, Fábio Ferrari; Surjan, Rodrigo C. T.; Abdalla, Ricardo Z.

    Resumo em Português:

    Graças ao melhor conhecimento da anatomia segmentar do fígado e desenvolvimento de novas técnicas, houve aumento no número de indicações de hepatectomias. O desenvolvimento da cirurgia minimamente invasiva ocorreu paralelamente e o aumento da experiência, aliado ao desenvolvimento de novos instrumentais, resultaram no crescimento exponencial das ressecções hepáticas videolaparoscópicas. A abordagem laparoscópica pode tornar viável a ressecção hepática em pacientes cirróticos com hipertensão portal que não tolerariam este mesmo procedimento por via laparotômica. A cirurgia robótica surgiu nos últimos anos como a última fronteira de desenvolvimento técnico aplicado à videocirurgia. O presente trabalho descreve a experiência pioneira de ressecção hepática totalmente com o uso de robótica na América Latina, em paciente com carcinoma hepatocelular e cirrose hepática. A hepatectomia laparoscópica com o uso do sistema robótico Da Vinci permite refinamentos técnicos graças à visualização tridimensional do campo cirúrgico e utilização de instrumentais precisos e com grande amplitude de movimentação que simulam os movimentos da mão humana.

    Resumo em Inglês:

    The surgical robotic system is superior to traditional laparoscopy in regards to 3-dimensional images and better instrumentations. Robotic surgery for hepatic resection has not yet been extensively reported. The aim of this paper is to report the first known case of liver resection with use of a computer-assisted, or robotic, surgical device in Latin America. A 72-year-old male with cryptogenic liver cirrhosis and hepatocellular carcinoma was referred for surgical treatment. Preoperative clinical evaluation and laboratory data disclosed a Child-Pugh class A patient. Magnetic resonance imaging showed a 2.2 cm tumor in segment 5. Liver size was decreased and there were signs of portal hypertension, such as splenomegaly and enlarged portal vein collaterals. Preoperative upper digestive endoscopy disclosed esophageal varices. Five trocars were used. Liver transection was achieved with harmonic scalpel and bipolar forceps. Hemostasis of raw surface areas was accomplished with interrupted stitches. Operative time was 120 minutes. Blood loss was minimal and the patient did not receive transfusion. The recovery was uneventful and patient was discharged on the 3rd postoperative day without ascites formation. Laparoscopic hepatic resection can safely be performed. The laparoscopic approach may enable liver resection in patients with cirrhosis and evidence of liver failure that would contraindicate open surgery probably because it precludes the transection of major abdominal collaterals. The Da Vinci robotic system allowed for technical refinements of laparoscopic liver resection due to 3-dimensional visualization of the operative field and instruments with wrist-type end-effectors.
  • Seguimento endoscópico da erradicação de varizes gástricas com cianoacrilato Brief Communication

    Martins, Fernanda Prata; Macedo, Erika Pereira de; Paulo, Gustavo Andrade de; Nakao, Frank Shigueo; Ardengh, José Celso; Ferrari, Angelo Paulo

    Resumo em Português:

    Sangramento por varizes gástricas é grave. Relato de experiência com injeção de cianoacrilato. Vinte e três pacientes com hipertensão portal e varizes gástricas foram tratados com injeção intravasal de solução de cianoacrilato/lipiodol (1:1). O objetivo do estudo foi alcançar obliteração da variz. O tempo médio de acompanhamento foi 25,3 meses. Obliteração foi atingida em 87% dos pacientes. Recidiva foi observada em um (4,3%) e ressangramento em outro caso (4.3%). Dor abdominal ocorreu em 13% dos pacientes. A mortalidade global foi de 21,7% e 4,3% relacionada ao ressangramento. Estes resultados confirmam a injeção de cianoacrilato como efetiva e segura na erradicação das varizes gástricas.

    Resumo em Inglês:

    Bleeding from gastric varices is a life-threatening condition. We report our experience with cyanoacrylate injection. Twenty three patients with portal hypertension and gastric varices underwent intra-variceal injection of a cyanoacrylate/lipiodol solution (1:1). Study endpoint was variceal obliteration. Mean follow-up was 25.3 months. Variceal obliteration was achieved in 87% of patients. Recurrence occurred in one patient (4.3%) and rebleeding in another case (4.3%). Mild abdominal pain was described in 13% of patients. Overall mortality was 21.7% and rebleeding related mortality rate was 4.3%. Our results confirm that cyanoacrylate injection is effective and safe to eradicate gastric varices.
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. Rua Dr. Seng, 320, 01331-020 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax: +55 11 3147-6227 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br