Resumos
Discute-se a dimensão paradoxal e o sentido intersubjetivo dos comportamentos suicidas e de risco no adolescente. O corpo adolescente é, muitas vezes, objeto de sofrimento intenso. Trata-se de lutar contra tensões que se lhes colam à pele. Esses vividos estão ligados a múltiplas fontes traumáticas reveladas pela efração pubertária. Formula-se também a hipótese de que esses ataques corporais estejam ligados a mecanismos paradoxais, porque se são indicadores tanto de desafios pulsionais quanto da fragilização dos laços intersubjetivos, podem também revelar-se como sinal de reconstrução dos envoltórios, evidenciando trabalho de intersubjetividade em ação entre o adolescente e seus grupos de referência.
adolescência; ataques ao corpo; envoltório; traumatofilia