RESUMO:
Da nocividade do objeto autístico à sua imprescindibilidade para a clínica do autismo em psicanálise. O artigo procura salientar o lugar especial do objeto autístico no tratamento psicanalítico dos autistas. Para fundamentá-lo, coteja a concepção de dois autores que se dedicaram à sua investigação, Frances Tustin e Jean-Claude Maleval. Tustin identifica a função dos objetos autísticos no tratamento da imagem corporal do autista. Uma diferenciação entre autismo e esquizofrenia é apresentada. Maleval amplia a percepção de Tustin, destacando a função de dinamismo dos objetos autísticos, promotora de uma animação libidinal do autista. O artigo conclui por avaliar as consequências de se privilegiar uma ou outra concepção teórica do objeto autístico para a clínica com autistas.
Palavras-chave:
Psicanálise; Objeto autístico; Tratamento; Autismo; Esquizofrenia.