RESUMO:
Voltando-se para o romance Grande Sertão: Veredas, o artigo articula as noções de trauma e desejo à figura de Diadorim, propondo pensar a ficção como resposta à emergência do desejo em sua relação com um núcleo traumático e refratário ao simbólico. O trauma é abordado, ainda, em sua relação com a técnica analítica e seu modo particular de operar com o tempo (destacando-se aqui o uso freudiano da expressão Nachtraglichkeit) e em sua relação com a subversão do código linguístico levada ao extremo por Rosa, que assina uma obra reconhecida em todo o mundo pela fisionomia de uma língua singular.
Palavras-chave:
trauma; literatura; psicanálise; João Guimarães Rosa