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Padrões da caracterização e resistência a antimicrobianos de Escherichia coli isolada das fezes de frangos de corte saudáveis

RESUMO:

Cepas de Escherichia coli patogênica para aves (APEC) estão isoladas das lesões de frangos com colibacilose, uma doença que causa sinais clínicos sistêmicos ou localizados. As APEC compartilham algumas características com as cepas de Escherichia coli que produzem doenças extraintestinais nos seres humanos. Ainda não há um consenso sobre a definição de patotipos das cepas de APEC, no que diz respeito à presença das características de virulência. Entretanto, nos últimos anos, foram definidos cinco indicadores mínimos para a identificação de patotipos das cepas de APEC. Os isolados de E. coli utilizados neste trabalho foram testados por meio de reação em cadeia de polimerase (PCR) para os cinco indicadores mínimos e para cva C. Os isolados que possuíam os cinco indicadores mínimos foram definidos como potenciais cepas de APEC. As categorias APEC e não APEC apresentaram alta resistência (> 50%) à cefalotina, eritromicina, estreptomicina, sulfametoxazol mais trimetoprim, ampicilina e amoxicilina. Possíveis cepas de APEC foram significativamente mais resistentes à cefalotina (p < 0,05) e neomicina (p < 0,01) do que as cepas não-APEC. Estas foram significativamente mais resistentes à tetraciclina (p < 0,01) do que as possíveis cepas de APEC. Esses resultados demonstram que as fezes dos frangos de corte albergam cepas de E.coli com características de resistência, apresentando ou não potencialidade de causar colibacilose. Em função das características de similaridade entre APEC e doenças extraintestinais nos seres humanos, estas cepas resistentes são de interesse à saúde pública.

PALAVRAS-CHAVE:
Escherichia coli; Escherichia coli patogênica para aves; resistência a antimicrobianos; frangos

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