RESUMO
Com o objetivo de estudar a biodiversidade de califorídeos no lixão de Presidente Prudente, São Paulo, Brasil, foram alocadas seis armadilhas confeccionadas com garrafas tipo "pet", no período de março de 2006 a março de 2007, ao redor do lixão. Utilizou-se como atrativo, aproximadamente, 250 g de fígado bovino, com a troca semanal das armadilhas. Foram capturadas 44.688 califorídeos, com maior frequência das espécies Chrysomya megacephala (93,61%; n = 41833), seguindo-se de C. albiceps (1,5%; n = 672) e C. putoria (0,79%; n = 352), com diferença significativa entre a primeira e as demais espécies (p < 0,05). Houve influência da temperatura e da precipitação pluviométrica na sazonalidade de C. megacephala, com maiores capturas nos meses quentes e chuvosos (p < 0,05). Nos meses frios, a captura das moscas, especialmente de C. albiceps e de C. putoria, foi praticamente ausente. Dessa forma, conclui-se que o depósito de lixo urbano de Presidente Prudente oferece condições para a manutenção de moscas varejeiras, especialmente C. megacephala.
PALAVRAS-CHAVE
Chrysomya megacephala
; lixão; epidemiologia