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COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANTICORPOS PÓS-VACINAIS, AGLUTINANTES E INIBIDORES DO CRESCIMENTO DE LEPTOSPIRAS EM FÊMEAS SUÍNAS IMUNIZADAS COM DUAS VACINAS INATIVADAS EXPERIMENTAIS MONOVALENTES DO SOROVAR CANICOLA: CULTIVO TOTAL INATIVADO COM HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO E SUBUNIDADE DE LIPOPOLISSACARÍDIOS COM MONOFOSFORIL LIPÍDIO A

RESUMO

Foi comparada a resposta imune de fêmeas suínas adultas imunizadas contra a leptospirose, com vacinas monovalentes produzidas com L.interrogans, sorovar Canicola estirpe LO4, isolada no Brasil. A vacina foi empregada em duas formas: cultura de bactérias totais inativada e acrescida do adjuvante de hidróxido de alumínio (WC-AlOH3) e a do tipo de subunidade constituída apenas por uma fração de lipopolisacarídios (LPS) extraídos do envelope externo da bactéria tendo como adjuvante o monofosforil lipídio A, também extraído da parede da leptospira (LPS-MPLA). O delineamento experimental incluiu: grupo 1 (n = 11): controle não imunizado; grupo 2 (n = 11): imunizado com duas aplicações em intervalo de 30 dias da vacina LPS MFLA; Grupo 3 (n = 11): imunizado com duas aplicações em intervalo de 30 dias da vacina WC-AlOH3. Todos os grupos foram imunizados simultaneamente sem ser considerado o estágio de gestação dos animais. Os níveis de anticorpos pós-vacinais, aglutinantes e neutralizantes foram avaliados, respectivamente, pelos testes de soroaglutinação microscópica com antígenos vivos (SAM) e o de inibição do crescimento de leptospiras in vitro (ICLIV). O monitoramento sorológico foi efetuado a cada 30 dias durante quatro meses após aplicação da primeira dose da vacina. Os animais do grupo controle, não vacinados, não apresentaram anticorpos aglutinantes para o sorovar Canicola durante todo o período experimental. Aos 32 e 68 dias da primo-vacinação, os níveis de anticorpos aglutinantes do grupo 2 (LPS-MPLA) foram significativamente superiores aos observados no grupo 3 (WC AlOH3), respectivamente p = 0,013 e p = 0,031. As diferenças observadas nos níveis de anticorpos inibidores do crescimento de leptospiras in vitro, induzidos pelas duas vacinas, não foram significativas (p > 0,05). A despeito do pico de anticorpos aglutinantes pós-vacinais ter sido registrado aos 68 dias da primeira imunização, os níveis mais elevados de anticorpos inibidores do crescimento de leptospiras já foram observados aos 30 dias da primo-vacinação. A vacina de subunidade apresentou a mesma capacidade de indução de anticorpos neutralizantes que a vacina de bactérias totais.

PALAVRAS-CHAVE
Suíno; leptospirose; vacinas; resposta imune ativa; lipopolissacarídio; vacina LPS e vacina bactéria total

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