RESUMO:
Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em 51 animais silvestres mantidos no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, João Pessoa, Brasil. Para isso, foram avaliadas amostras sanguíneas de diferentes espécies de aves, mamíferos e répteis por meio do Teste de Aglutinação Modificado (MAT) com ponto de corte de 1:25. Dos 51 animais testados, 62,4% apresentaram anticorpos anti-T. gondii. Nos mamíferos, a frequência encontrada foi de 68,9% (20/29), em aves foi de 80% (8/10) e em répteis de 33,3% (4/12). Pela primeira vez é relatada a ocorrência de anticorpos anti-T. gondii em aves das espécies Pionites leucogaster (marianinha-de-cabeça-amarela), Anodorhynchus hyacinthinus (arara-azul-grande), Pavo cristatus (pavão), Urubitinga urubitinga (gavião-preto) e Buteo melanoleucus (águia-chilena). Répteis das espécies Caiman crocodilus (jacaretinga), Chelonoidis carbonaria (jabuti) e Paleosuchus palpebrosus (jacaré-anão) foram soropositivos para T. gondii, embora o significado da presença desses anticorpos anti-T. gondii precise ser mais bem estudado nesse grupo de animais. Conclui-se que é alta a frequência de anticorpos encontrados nos animais do zoológico estudado e que medidas profiláticas que visem diminuir a contaminação ambiental por oocistos são necessárias.
PALAVRAS-CHAVE:
animais de zoológico; soroprevalência; teste de aglutinação modificada; Toxoplasma gondii; zoonoses