Open-access Capacidade preditiva dos grupos funcionais fitoplanctônicos em uma área úmida tropical (Pantanal, Brasil)

Resumo:

Objetivo  Considerando a capacidade de predição da comunidade fitoplanctônica, este estudo analisou os fatores ambientais que influenciaram os Grupos Funcionais de Reynolds (RFG) no período hidrológico (estiagem, enchente, cheia e vazante) e tipo de ambiente (rio e lago), no Pantanal (Brasil). Esperamos que a variabilidade ambiental reflita na capacidade preditiva do fitoplâncton para descrever tipos de habitat e períodos de pulso de inundação, onde a sazonalidade (águas altas e baixas) são os principais direcionadores de biomassa, distribuição de fitoplâncton e grupos funcionais.

Métodos  Coletamos variáveis ambientais e fitoplâncton trimestralmente em 2018 a partir de 18 pontos nos períodos de cheia, enchente, seca e vazante.

Resultados  Registramos 425 táxons distribuídos em 13 grupos taxonômicos e 20 RFGs, dos quais nove grupos (D, F, J, G, K, MP, N, S1 e P), representados por algas verdes, cianobactérias e diatomáceas, teve o maior valor preditivo, caracterizando ambientes lênticos como ricos em nutrientes e luz, e o rio Paraguai como tendo menor disponibilidade desses recursos para o fitoplâncton. A variação da biomassa foi relacionada às fases do pulso de inundação, sendo maior em águas baixas nos lagos e menor em águas altas no rio.

Conclusões  A previsibilidade da estrutura da comunidade fitoplanctônica esteve diretamente associada aos tipos de ambiente no Pantanal e à homogeneização ou isolamento dos sistemas promovidos pelo pulso de inundação que atuaram como direcionadores de biomassa, distribuição e grupos funcionais do fitoplâncton.

Palavras-chave:
variabilidade ambiental; microalgas; zonas úmidas; capacidade preditiva

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