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Aqui vem o grande “jaú” Zungaro jahu (Ihering 1898) (Teleostei, Pimelodidae): um novo caso alarmante de introdução de peixes em uma ecorregião neotropical com alto endemismo

Resumo:

Objetivo

Espécies de peixes não nativas têm sido intimamente relacionadas aos sérios danos à biodiversidade aquática devido aos efeitos negativos sobre a fauna nativa. Nosso objetivo é relatar a primeira e alarmante ocorrência do bagre não nativo “jaú” Zungaro jahu na bacia do rio Iguaçu acima das Cataratas do Iguaçu, uma ecorregião neotropical com alto endemismo de peixes.

Métodos

As amostragens dos peixes foram realizadas com rede de emalhar de fundo no Reservatório de Segredo, onde foram anestesiados em cloridrato de benzocaína e fixados em formol em campo, posteriormente foram identificados em laboratório e depositados no Museu de História Natural do Capão da Imbuia (MHNCI).

Resultados

Nossas amostragens recentes na bacia do rio Iguaçu registraram um indivíduo não nativo do bagre “jaú” Zungaro jahu no Reservatório de Segredo.

Conclusões

Pretendemos, principalmente, alertar sobre o risco de expansão da ocorrência desta espécie não nativa ao longo da cascata de reservatórios do rio Iguaçu, onde potencialmente poderá desenvolver sérios danos à cadeia trófica, predação de espécies endêmicas de pequeno porte e competição, especialmente nos locais onde o pimelodídeo endêmico e ameaçado de extinção “surubim-do-iguaçu” (Steindachneridion melanodermatum) mantém populações viáveis, atualmente restrita à bacia do Baixo rio Iguaçu, exibindo sinais recentes do efeito de gargalo.

Palavras-chave:
cascata de reservatórios; competição; espécies endêmicas; espécies não nativas; risco de extinção

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