Resumo
Objetivo Este estudo teve como objetivo quantificar e analisar as pesquisas sobre ameaças emergentes ao zooplâncton de água doce (Copepoda, Cladocera e Rotifera) no Brasil, publicadas entre 2014 e 2023. O foco principal foi identificar sistematicamente os principais estressores ambientais avaliados, as lacunas de conhecimento e as tendências metodológicas empregadas nos estudos.
Métodos A análise foi realizada a partir de uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados Web of Science, Scopus e SciELO, utilizando termos específicos relacionados à zooplâncton e ameaças emergentes. Foram incluídos artigos publicados em periódicos revisados por pares no período definido. Cada estudo foi categorizado quanto ao tipo de estressor avaliado (mudanças climáticas, poluição por microplásticos, invasões biológicas, entre outros), grupos taxonômicos abordados e abordagens metodológicas utilizadas, seguindo o modelo PRISMA.
Resultados Foram inicialmente encontrados 176 artigos nas bases de dados, dos quais 53 atenderam a todos os critérios de inclusão e foram considerados relevantes para esta revisão. A maioria desses estudos focou em múltiplos grupos de zooplâncton (e.g., Cladocera e Rotifera) e utilizou experimentos laboratoriais ou estudos de campo como metodologia principal. Os estressores mais analisados foram as invasões biológicas (28%) e a mudança climática (24%), seguidos por eutrofização e contaminantes emergentes.
Conclusões A revisão destaca a necessidade de ampliar os estudos sobre os impactos combinados de estressores emergentes no zooplâncton e de integrar metodologias mais robustas que reflitam melhor as condições naturais.
Palavras-chave:
invasões biológicas; mudanças climáticas; estressores ambientais; ecossistemas aquáticos; impactos antrópicos
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