Diversidade e distribuição de amebas testáceas nas ecorregiões de água doce do estado do Rio de Janeiro, Brasil

Monteiro, Larissa Souza; Santos, Karen Helena Costa; Moreira, Manoela dos Santos; Silva, Ana Caroline Quirino da; Miranda, Viviane Bernardes dos Santos; Branco, Christina Wyss Castelo

doi:10.1590/S2179-975X10724

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Original Articles • Acta Limnol. Bras. 37 • 2025 • https://doi.org/10.1590/S2179-975X10724 linkcopiar

Diversidade e distribuição de amebas testáceas nas ecorregiões de água doce do estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo:

Objetivo Amebas testáceas representam um grupo com carência de estudos. O presente estudo realizou um levantamento dos registros de tecamebas em diversos biótopos das ecorregiões do Estado do Rio de Janeiro, explorando diferenças na ocorrência dos táxons.

Métodos Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Scopus, Web of Science, Google Acadêmico e Scielo utilizando as palavras-chave em inglês e português "Testate Amoebae", "Thecamoebian", "Zooplankton" e acompanhadas de "Rio de Janeiro". Posteriormente, foram analisadas amostras (coletadas por redes de plâncton de 50 a 68 µm; balde e garrafa) de 12 localidades. A identificação dos táxons foi realizada utilizando microscópio óptico com câmera digital e software Toup-View para medidas morfológicas e com bibliografia específica. Todos os registros foram georreferenciados nas ecorregiões de água doce do Rio de Janeiro. As análises estatísticas foram realizadas no software R 4.3.3 (R Core Team 2024) por meio do pacote Vegan, produzindo uma curva de acumulação de espécies (função specaccum), análise de escalonamento multidimensional não métrico (nMDS) baseada na dissimilaridade de ‘Jaccard’ e teste PERMANOVA.

Resultados O levantamento bibliográfico resultou em 35 publicações de 1910 a 2023. A soma dos registros da literatura e das amostras analisadas compreendeu 37 localidades e 250 táxons, incluindo novos registros para a área de estudo. Centropyxis aculeata foi a espécie mais frequente (63,7%), e Difflugia, Centropyxis e Arcella foram os gêneros mais diversos. A curva de acumulação de espécies indicou que a riqueza de testáceos está subestimada, evidenciando amostragem insuficiente. Não houve diferença significativa entre as assembleias de tecamebas de diferentes biótopos.

Conclusões Os registros no Rio de Janeiro estão subestimados devido à amostragem insuficiente em algumas ecorregiões. Estudos futuros são necessários para produzir um inventário taxonômico mais fiel à diversidade real.

Palavras-chave:
tecamebas; zooplâncton; protozooplâncton; biogeografia; Centropyxis aculeata

Biotope and locality	Latitude	Longitude	Reference
Ecorregion Paraíba do Sul
1. Ribeirão das Lajes Reservoir /Piraí e Rio Claro ^A	-22.719	-43.896	*
1. Ribeirão das Lajes Reservoir /Piraí e Rio Claro ^A	-22.719	-43.896	Lopes et al. (2017, 2018)
2. Temporary ponds (near the Ribeirão das Lajes Reservoir/Piraí e Rio Claro)	-22.721	-43.882	Cordioli (2013)
3. Pipeiras Lake /Campos ^A	-21.806	-41.128	*
4. Palacete Lake /Campos ^A	-21.778	-41.138	*
5. Limpa Lake /Campos ^A	-21.628	-41.362	*
6. Carapebus Lagoon /Carabebus ^A	-22.251	-41.593	*
7. Temporary and permanent ponds in National Park of Restinga de Jurubatiba /Macaé	-22.201	-41.493	Silva (2018), Nova et al. (2021)
8. Paraíba do Sul River/ São Francisco de Itabapoana	-21.466	-41.033	Laut et al. (2011, 2016)
9. Funil Reservoir/ Resende ^C	−22.563	−44.603	* Silva et al. (2014)
10. Paracambi Reservoir/ Paracambi ^B	-22.676	-43.763	* Branco et al. (2019)
11. Veiga Lagoon/ São João da Barra	-21.829	-41.006	Féres et al. (2016)
12. Artificial Lake UFRRJ/ Seropédica ^D	-22.759	-43.687	Silva-Neto et al. (2015)
13. Small ponds and edaphic environments of the Atlantic Forest in the National Park of Serra dos Órgãos/ Teresópolis ^D	-22.433	-42.982	Silva-Neto et al. (2015)
Ecorregion Fluminense
14. Artificial Lake Vitória Régia (Botanical Garden) /Rio de Janeiro ^D	-22.968	-43.225	*
	-22.968	-43.225	Silva-Neto et al. (2015)
15. Coca-Cola Lake/Rio das Ostras ^A	-22.507	-41.912	*
16. Comprida Lagoon /Macaé ^AD	-22.267	-41.650	*
16. Comprida Lagoon /Macaé ^AD	-22.267	-41.650	Silva-Neto et al. (2015)
17. Tachas Lake/Rio de Janeiro ^C	-23.024	-43.472	*
18. Mosses in the Bico do Papagaio Hills / Rio de Janeiro	-22.953	-43.300	Wailes (1913)
19. Mosses in the Corcovado Hills / Rio de Janeiro	-22.951	-43.211	Wailes (1913)
20. Temporary ponds in Manguinhos (FIOCRUZ) /Rio de Janeiro	-22.874	-43.245	von Prowazek (1910), Cunha (1913, 1916)
21. Sediment from Copacabana Beach / Rio de Janeiro	-22.975	-43.181	Golemansky (2000), Golemansky & Todorov (2004)
22. Bromeliad tanks at Cláudio Coutinho Track in Urca/ Rio de Janeiro	-22.953	-43.164	Sampaio et al. (2021)
23. Ubatiba River/ Rio de Janeiro	-22.919	-42.817	Miranda & Mazzoni (2015), Miranda (2018); Miranda et al. (2020)
24. Estuary of the Suruí River/ Magé	-22.695	-43.110	Laut et al. (2016)
25. Jacarepiá Lagoon/ Saquarema	-22.916	-42.433	Barbosa et al. (2005)
26. Guapiaçu River/ Itaboraí and Magé	-22.516	-42.829	Pereira (2012)
27. Rodrigo de Freitas Lagoon/ Rio de Janeiro ^C	−22.972	−43.209	*
28. Taquara River /Duque de Caxias	-22.598	-43.237	Miranda & Gomes (2013)
29. Macacu River/ Rio de Janeiro ^D	-22.588	-42.762	Silva-Neto et al. (2015)
30. Bromeliad tanks and artificial lake at UFRJ/Rio de Janeiro ^D	-22.857	-43.226	Silva-Neto et al. (2015)
31. Sewage Treatment Plant of Alegria/ Rio de Janeiro ^D	-22.873	-43.227	Silva-Neto et al. (2015)
32. Sewage Treatment Plant of Penha/ Rio de Janeiro ^D	-22.833	-43.268	Silva-Neto et al. (2015)
33. Caceribu River/ Rio de Janeiro ^D	-22.715	-43.009	Silva-Neto et al. (2015)
34. Andorinhas Creek (Island Grande) /Angra dos Reis	-23.186	-44.200	Miranda (2013)
Ecorregion Ribeira de Iguape
35. Temporary ponds in Angra dos Reis	-23.006	-44.318	Cunha (1916)
36. Sediments of the Bernardo Island /Mangaratiba	-23.024	-43.952	Golemansky (2000)
37. Borboleta River / Private Natural Heritage Reserve / Mangaratiba	-22.983	-44.083	Sousa Filho et al. (2007)

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[TFN1] ^*
Results of the present study.

[2] A = Light Energia S.A. Research & Development Projects; B = SALGA Project (South American Lake Gradient Analysis); C = UNIRIO Institutional Projects. D = BIOTA FAPERJ Project.