Open-access A dispersão assimétrica em modelos de distribuição de espécies de água doce varia dependendo do padrão espacial das espécies de peixes

Resumo:

Objetivo  Estimamos a contribuição relativa de preditores ambientais e de dispersão em modelos de distribuição de espécies de água doce com diferentes amplitudes de distribuição (um total de 29 espécies de peixes). Especificamente, testamos se o desempenho dos modelos varia em função da amplitude de distribuição das espécies de peixes e da distribuição delas entre as sub-bacias, e se essa relação com os preditores é mais forte considerando os tipos de variáveis (ambientais ou de dispersão assimétrica) usadas para modelagem.

Métodos  A área de estudo utilizada para a modelagem foi a bacia do Rio Tocantins-Araguaia, abrangendo toda a rede hidrográfica. Aplicamos seis métodos de modelagem de nicho para projetar as distribuições geográficas de 29 espécies de peixes na bacia do Rio Tocantins-Araguaia, utilizando preditores ambientais e de dispersão assimétrica.

Resultados  Em geral, os modelos construídos usando preditores de dispersão geraram previsões mais precisas do que aqueles que usaram variáveis ambientais. No entanto, embora não tenhamos encontrado uma diferença significativa na precisão entre os modelos construídos com diferentes variáveis, as métricas de precisão estavam correlacionadas com a amplitude e a distribuição das espécies entre as sub-bacias. Além disso, espécies mais restritas (ou seja, com menor amplitude e distribuição limitada a uma sub-bacia) apresentaram uma maior diferença na precisão dos modelos entre aqueles construídos com preditores de dispersão e preditores ambientais, sendo que modelos mais precisos foram gerados para espécies restritas quando modelados usando apenas preditores relacionados à dispersão.

Conclusões  O uso de preditores de dispersão assimétrica em modelos de distribuição de espécies (SDM), além de gerar modelos precisos, evita/reduz superestimativas de distribuição em áreas geograficamente próximas e climaticamente adequadas, especialmente para espécies restritas, ao prever a distribuição das espécies com base em suas rotas de dispersão através do gradiente direcional real da rede hidrográfica da bacia.

Palavras-chave:
mapas de autovetores assimétricos; Tocantins; Araguaia; amplitude de distribuição

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