Abordagem experimental sobre a contribuição do vento e de vetores animais na dispersão e colonização de amebas testáceas (Protista, Amoebozoa) em ecossistemas de água doce

Resumo:

Objetivo  Buscamos entender como as amebas testáceas se espalham em novos locais, avaliando seu potencial de dispersão pelo vento e por animais em ecossistemas de água doce.

Métodos  Realizamos um experimento de campo durante 33 dias entre julho e agosto de 2018. O estudo incluiu quatro abordagens diferentes: (i) um grupo controle exposto exclusivamente ao vento, (ii) a adição de propágulos dispersos por Odonata (insetos aquáticos), (iii) a adição de propágulos dispersos por anfíbios, e (iv) a adição combinada de propágulos de ambos os animais.

Resultados  Detectamos um total de 13 espécies de amebas testáceas. Em termos de riqueza de espécies, observamos um aumento constante ao longo do período experimental. Em termos de abundância, observou-se uma tendência semelhante, com diferenças no tratamento de todos os vectores combinados, quando comparados os tratamentos com somente vento, e da combinação do vento com os vetores de forma isolada, indicando uma possível colonização progressiva destes organismos no novo ambiente aquático. Relativamente à composição das amebas testadas, não foram detectadas diferenças significativas entre tratamentos dentro de cada período ou entre os diferentes tratamentos ao longo da experiência.

Conclusões  Nossos resultados demonstram a importância dos vetores animais no transporte de cistos de amebas testáceas.

Palavras-chave:
Amoebozoa; distribuição; microcosmos; experimento ecológico; zoocoria