Potencial da capacidade de retenção de um reservatório Neotropical (Estado de São Paulo, Brasil)

Resumo:

Objetivo

Os reservatórios artificiais desencadeiam várias mudanças em seus rios a jusante que dependem das características hidráulicas dos reservatórios. No entanto, seus múltiplos usos também podem fornecer recursos que influenciam os serviços ecossistêmicos que eles fornecem. Este estudo abordou a capacidade potencial de um reservatório Neotropical em capturar espécies químicas, com o objetivo de avaliar o papel desses ecossistemas na mitigação da poluição.

Métodos

A modelagem da capacidade de retenção foi examinada para um pequeno reservatório subtropical com alto tempo de retenção hidráulica (> 100 dias). As variações temporais de 9 variáveis físicas e químicas da água ao longo de um período de cinco anos foram usados para calcular o balanço de massa e determinar a capacidade retentiva (parâmetro alfa) do reservatório Itupararanga (estado de São Paulo, Brasil). Para explicar o balanço de massa de longo prazo dessas variáveis, foi assumido que o reservatório seja um sistema completamente misturado com uma entrada em degrau.

Resultados

Os maiores valores de assimilação (i.e., alta capacidade de retenção) ocorreram nos meses úmidos (até 500 mm) para todas as variáveis. Altos coeficientes de reação (k) e baixa descarga hidráulica sugerem que os processos de sumidouro prevalecem sobre os de exportação, principalmente para fósforo total. O padrão de precipitação mostrou menor importância para o aprisionamento dos elementos.

Conclusões

Nos Neotrópicos, as características hidráulicas do ecossistema (e.g., baixa relação área: volume) são uma ferramenta para o gerenciamento da poluição em reservatórios artificiais.

Palavras-chave
serviços ecossistêmicos; balanço de massa; eutrofização; gestão de recursos hídricos; reservatório subtropical