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Níveis de esteróis sedimentares para rastrear a contaminação por esgoto de um rio em uma das maiores cidades da Amazônia (Belém - Pará), norte do Brasil

Resumo:

Objetivo

O rio Aurá, no nordeste da Amazônia brasileira, vem sofrendo influência antrópica de comunidades ribeirinhas e do aterro sanitário Aurá há muitos anos. Neste trabalho, avaliamos a ocorrência, fontes e distribuição de seis marcadores de esteróis em sedimentos superficiais do Rio Aurá para avaliar aportes orgânicos neste corpo d'água.

Métodos

A cromatografia gasosa-acoplada a espectrometria de massas (GC/MS) foi empregada para determinar os esteróis. A análise de correlação de Pearson, análise de componentes principais (PCA) e razões de esteróis foram utilizadas para avaliar a poluição por esgoto.

Resultados

Os analitos de interesse identificados e as razões diagnósticas indicaram que os sedimentos do rio estudado apresentam compostos orgânicos provenientes de fontes tanto antropogênicas (esgotos domésticos e MO do aterro sanitário) quanto biogênicas autóctones (plantas superiores terrestres). A Análise de Componentes Principais (PCA) corrobora com esse resultado e possibilitou o agrupamento dos pontos de amostragem segundo essas fontes. A estação 1 (ponto mais próximo do aterro Aurá) apresentou o maior nível de contaminação observado e o coprostanol foi detectado em maior concentração 219,8 ng g-1 nesse local, o que indica contaminação fecal humana moderada.

Conclusões

Este trabalho demonstrou que a poluição por esgoto doméstico e insumos de MO do aterro do Aurá podem ser ameaças potenciais ao ecossistema e à saúde humana da região estudada.

Palavras-chave:
sedimentos superficiais; matéria orgânica; esgoto doméstico em rios; risco ecológico e para a saúde humana; sistemas aquáticos amazônicos

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