Resumo
À pergunta: “quais são os fatores improváveis que transformam uma criança nascida no Oeste do Canadá, no meio do século XX, em romancista e ensaísta bilíngue e parisiense?”, Nancy Huston responde quando conta em Bad girl (2014), sob a forma inédita de uma “autobiografia intra-uterina”, o romance de sua vida, fazendo ao mesmo tempo desfilar, em um nível elevado de complexidade e simbolismo, seus anos de juventude, sua família, seus coirmãos literários, suas obsessões, entre elas notadamente o trauma do abandono que a domina. É a partir desta perspectiva que proponho a leitura de Bad girl baseada na rememoração, na busca genealógica e na transmissão, sem esquecer a música.
Palavras-chave
Nancy Huston; Bad girl; romance; genealogia; transmissão