Resumo
O poeta Max Martins (1926-2009) estabeleceu em sua obra diálogos intensos com outras culturas, particularmente com a da Ásia. Já a assinatura dos seus poemas, que lembra um ideograma/logogram, aponta para uma síntese minimalista de toda obra como uma construção poética entre o Ocidente e o Oriente - este último compreendido como construção discursiva de inúmeras Ásias. Nosso artigo parte da obra de Max Martins, no contexto da poesia moderna, e da obra do grupo Sankai Juku (fundado 1975), no contexto da dança teatral Butoh, que teve o seu início na segunda metade do século XX, a fim de encontrar e ressaltar o ponto de convergência no movimento minimalista da linguagem artística dos corpos, na poesia e na dança-teatro. A interpretação comparativa visa significar a linguagem artística do espaço em branco e o preenchimento à tinta preta no papel, na poesia, e os corpos brancos em um fundo escuro de um palco construído e adaptado à materialidade/corporalidade no Butoh.
Palavras-chave:
Max Martins; arte minimalista/corpo; Butoh; Sankai Juku