A descoberta fundamental do século XX foi a de que a linguagem é a essência inumana do homem. O que o divide e o torna diferente se si mesmo (Freud, Lacan), o que ele jamais possuirá "propriamente", e a que ele permanece sempre estrangeiro (Derrida, Deleuze), este infinito cujo eterno murmúrio ameaça enlouquecêlo (Blanchot, Artaud). Se o inumano está no próprio cerne do humano, como reinventar um outro "humanismo" cultural e político para o século XXI?
desfiguração; inumano