Resumo
Este artigo propõe uma revisão crítica da concepção de tradução total, princípio norteador da obra do poeta-tradutor estadunidense Jerome Rothenberg (1931-). A abordagem empregada consiste em uma análise de prática tradutológica de Rothenberg, a partir da leitura de ensaios críticos de sua autoria e de traduções realizadas por ele, identificando e contextualizando impasses teóricos que enfrentou. Um dos proponentes da etnopoética estadunidense, Rothenberg fez parte de uma geração que reivindicou a poeticidade dos cantos e narrativas ameríndias a partir do fim da década de 1960, chamando atenção para como a organização do discurso se dá em termos de paralelismo, prosódia e paralinguagem nas formas expressivas em questão. Na análise desenvolvida neste artigo, examino a tradução de Rothenberg para “The 13th Horse-Song of Frank Mitchell” (“O 13º canto-de-cavalo de Frank Mitchell”), um canto navajo para cavalos, realizada em parceria com o etnomusicólogo David McAllester.
Palavras-chave:
artes verbais indígenas; tradução; Jerome Rothenberg; etnopoética