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Hológrafos do século XVII numa miscelânea pessoal de D. Francisco Manuel de Melo

Resumo

Em Portugal, existem poucos documentos que se possam classificar como hológrafos seiscentistas. No entanto, as miscelâneas podem fornecer material valioso para o estudo da composição e transmissão textual da cena literária da época. Um dos exemplos merecedores de atenção é um volume de papéis colecionados por D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), onde podemos encontrar vários manuscritos, escritos pelo punho quer do seu proprietário, quer de outros autores contemporâneos. Embora se trate de cópias limpas, maioritariamente sem correções intradocumentais, estes manuscritos podem ser relevantes para uma espécie de crítica genética sem rascunhos (GRÉSILLON, 1993), que esteja atenta ao fecundo intercâmbio entre a atividade copista e as diferentes manifestações autorais durante a idade moderna. O artigo analisa documentação do Arquivo Nacional Torre do Tombo, até agora pouco explorada, procurando alargar os estudos genéticos ao âmbito da literatura barroca portuguesa.

Palavras-chave:
hológrafos; literatura portuguesa; miscelâneas; crítica genética; exogénese

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