Resumo
Este artigo analisa a importância do tráfico negreiro e da escravidão na formação identitária das Américas, mais particularmente nas ilhas caribenhas de Martinica e Guadalupe. Trata-se de observar os entrelaçamentos entre o fazer literário e a história da escravidão a partir do ciclo antilhano, projeto romanesco em curso de Simone e André Schwarz-Bart. O projeto coloca em cena a personagem Solitude, símbolo da resistência negra guadalupense, e sua linhagem feminina para compreensão do período (pós)colonial entre 1760 e 1953 na tentativa de recriar ficcionalmente os horizontes da pós-colonialidade, de promover novas versão da crônica antilhana e de suprir as lacunas e os silêncios da memória.
Palavras-chave:
escravidão; memória (pós)colonial; interfaces entre literatura e história; ciclo antilhano; Simone e André Schwarz-Bart