Aminabad, segundo romance publicado por Blanchot, em 1942, relata a errância de Thomas em um hotel labiríntico. Observa-se nele um leitmotiv: descrições de retratos em que os rostos são sistematicamente apagados ou borrados. Esse dispositivo instaura uma dupla lei espacial e temporal de neutralização que informa o percurso do personagem e mergulha-o em uma busca interpretativa a um só tempo deceptiva e liberadora: não há nada a descobrir, a não ser esse nada, para além da negatividade.
Rosto; semelhança; neutralização; interpretação; labirinto; espaço; tempo