Quais são as dificuldades de um trabalho de edição dos Seminários de um filósofo como Jacques Derrida? Quais são os riscos com os quais é necessário se defrontar? Na busca de responder a questões como essas, tratando especificamente da publicação dos dois volumes do Séminaire La bête et le souverain, o presente ensaio desenvolve uma reflexão percuciente acerca do arquivo, do luto, da herança e, ainda, sobre a improvisação, a figura do leitor, a partir do modo como se colocam na obra de Derrida. Durante quarenta anos de ensino, o filósofo nos legou uma "obra de pensamento" que pode, agora, ser confrontada, senão transformada, deslocada pelas publicações dos seus Seminários.
Derrida; seminários; La bête et le souverain; arquivo; luto; herança