Resumo
Este artigo sugere que um dos procedimentos, que podem ser rastreados ao longo da obra de César Aira, são as conjunções adversativas chamadas “sim, mas não”. Essas frases consistem em pura oposição e, sendo um dos princípios explicativos da obra, tornam-se uma forma de explorar a posição particular de Aira no espaço literário. Essa posição atípica replica a ambivalência da conjunção em várias dimensões: a figura do escritor, a trajetória editorial e a relação peculiar com a recepção crítica. Essas tensões, que o artigo explora, pertencem a uma carreira de sucesso como a de Aira e, ao invés de romper com os limites literários, reafirmam a crença no valor literário.
Palavras-chave:
literatura argentina; procedimentos; figura do escritor; carreira editorial; recepção critica