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Priorização de fármacos nos rios urbanos: o caso dos contraceptivos orais na bacia do rio Belém, Curitiba/PR, Brasil

Resumo

Esforços para priorizar produtos farmacêuticos em rios urbanos ainda são escassos no Brasil, mas as experiências europeia e norte-americana de gestão de produtos farmacêuticos em águas urbanas mostram que este foi um dos primeiros passos para reduzir e controlar este tipo de poluição. O objetivo principal desta pesquisa foi avaliar o caso de anticoncepcionais orais na área de abrangência do rio Belém, em Curitiba, sob a ótica das diferentes dimensões que têm sido consideradas no processo de priorização. Para isso, além da revisão da literatura, foram utilizados dados históricos sobre a concentração de hormônios contraceptivos nas águas do rio Belém, dados sobre o consumo de fármacos na área da bacia hidrográfica (coletados por meio de entrevistas realizadas por amostragem aleatória em farmácias e pelo banco de dados de medicamentos fornecido pela Prefeitura de Curitiba por meio das Unidades de Saúde) e os dados das entrevistas feitas por amostragem intencional com stakeholders locais. Os resultados mostram que, em relação ao etinilestradiol e ao estradiol, já existe um conjunto consistente de critérios que apoiam sua priorização, enquanto que a regulamentação do monitoramento periódico desses dois hormônios se mostrou viável e necessária nas águas da região.

Palavras-chave:
gestão de produtos farmacêuticos; hormônios sexuais femininos; priorização de fármacos.

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