Acessibilidade / Reportar erro

Análisis comparativo de modelos e instrumentos de gestión integrada del recurso hídrico en Suramérica: los casos de Brasil y Colombia

Comparative analysis of integrated water resources management models and instruments in South America: case studies in Brazil and Colombia

Análise comparativa de modelos e instrumentos de gestão integrada de recursos hídricos na América do Sul: o caso do Brasil e Colômbia

Resúmenes

Brasil y Colombia son países ricos en términos de dotación de agua, ubicándose como líderes en la oferta mundial de recurso hídrico. A pesar de esto, ambos países tienen problemas de escasez relativa de este líquido vital en zonas donde justamente existe mayor cantidad de población y un gran nivel de actividad económica. En ambos países a su vez, el establecimiento de políticas y normas ambientales legales tiene larga tradición. Sin embargo, aunque existen disposiciones e instrumentos orientados a la gestión del agua a nivel de las cuencas, estos no necesariamente siguen los desarrollos conceptuales de la gestión integrada del recurso hídrico (GIRH). Como resultado, los dos países han implementado parcialmente elementos de la GIRH pero con características diferentes tanto en su estructura como en los instrumentos implementados. En Colombia es el estado a través de las Corporaciones Ambientales Regionales, las que implementan las principales herramientas de GIRH (concesiones, tasa por uso del agua, tasa por contaminación, planes de cuenca, etc.), sin existir una participación formal de la sociedad civil en la gestión. En Brasil en cambio, la estructura de gestión y las herramientas de GIRH son descentralizadas y participativas, pues son los Comités de Cuenca, entidades donde participa el gobierno estatal, los municipios y los usuarios, los que tienen el mayor peso en la gestión del agua. Sin embargo, este modelo aún no está implementado en todas las cuencas hidrográficas. Así, el objetivo de este artículo es comparar los aspectos institucionales y normativos de los modelos de gestión del agua en Brasil y Colombia alrededor de la aplicación del concepto de gestión integrada del recurso hídrico. Para esto último, se trabajó con un estudio de caso para cada país referente a las cuencas hidrográficas río Nima (Colombia) y Tietê-Jacaré (Brasil).

Gestión integrada del agua; comités de cuencas hidrográficas; Brasil y Colombia; herramientas de GIRH; participación comunitaria en gestión de cuencas


Brazil and Colombia are rich in terms of water supply, ranking as world leaders in the supply of water resources. Despite this, both countries have problems of relative scarcity of this vital liquid in highly populated areas with much economic activity. Establishing policies and legal environmental standards has long tradition in both countries. However, although there are provisions and instruments for water management at the water basin level, these do not necessarily follow the conceptual development of integrated water resources management (IWRM). As a result, the two countries have partially implemented IWRM elements but with different characteristics both in its structure and instrumentality. In Colombia the State Government, through the Regional Environmental Corporations, implements IWRM (concessions, fee for water use, pollution rate, basin plans, etc), with no formal involvement of civil society management. In Brazil, however, IWRM management structure and tools are decentralized and participatory, as are the Water Basin Committees, entities where the State Government, municipalities and users participate, those with the greatest weight in water management. In Brazil, however, this model is not yet implemented in all watersheds. Thus, the aim of this paper is to compare the institutional and legal aspects of water management models in Brazil and Colombia with regard to the integrated water management concept. For the latter, we worked with a case study for each country regarding Nima River watershed (Colombia) and Tietê Jacaré (Brazil).

Integrated water resources management; water basin committees; Brazil and Colombia; IWRM tools; water management society participation


Brasil e Colômbia são ricos em água, classificando como líderes mundiais no fornecimento de recursos hídricos. Apesar disso, ambos os países têm problemas de escassez relativa desse vital recurso em áreas onde há grande concentração de população e de atividades econômicas. Em ambos os países, por sua vez, o estabelecimento de políticas e normas jurídicas ambientais tem longa tradição. No entanto, embora haja disposições e instrumentos para a gestão da água no nível da bacia, estes desenvolvimentos não necessariamente seguem o conceito da gestão integrada de recursos hídricos (GIRH). Como resultado, os dois países têm aplicado em parte elementos de GIRH, mas com características diferentes, tanto na sua estrutura, como na questão dos instrumentos implementados. Na Colômbia, é o Governo, através das Autoridades Ambientais Regionais, que implementa as principais ferramentas de GIRH (concessões, taxa pelo uso da água, a taxa de poluição, planos de bacia, etc.), sem participação formal na sociedade civil. No Brasil, no entanto, a estrutura de gestão e ferramentas de GIRH são descentralizadas e participativas. São os Comitês de Bacia, entidades com participantes no governo estadual, municípios e usuários, aqueles com maior peso na gestão da água. No entanto, este modelo ainda não está implementado em todas as bacias hidrográficas. Assim, o objetivo deste artigo é comparar os aspectos institucionais e políticas de modelos de gestão da água no Brasil e na Colômbia em torno da aplicação do conceito de gestão integrada dos recursos hídricos. Para este último, trabalhou-se com um estudo de caso para cada país em relação bacia do rio Nima (Colômbia) e Tietê-Jacaré (Brasil).

Gestão integrada de recursos hídricos; comitês de bacia hidrográfica; Brasil e Colômbia; ferramentas de GIRH; Participação da comunidade na gestão de bacias hidrográficas


  • ALONSO, L. R. "Vive la France": as três leis francesas sobre a água. Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente, n. 22, p. 15, jan./mar. 2007.
  • ALVIM, A. T. B. A contribuição do Alto Tietê à gestão da bacia metropolitana, 1994-2001 2003. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
  • ARIAS, R.; OJEDA, B. La problemática hídrica en Colombia: factores que limitan la disponibilidad espacial y temporal de los recursos hídricos. En: ARIAS, R.; OJEDA, B. Informe nacional sobre la gestión del agua en Colombia Bogotá: [s.n], 2000. p. 1-5.
  • BANCO MUNDIAL. Environmental priorities and poverty reduction: a country environmental analysis for Colombia. Washington D.C, 2007.
  • BARRAQUÉ, B. As políticas da água na Europa Lisboa: Instituto Piaget, 1995.
  • BARTH, F. T. Fundamentos para gestão de recursos hídricos. En: BARTH, F. T. et al. (Orgs.). Modelos para gerenciamento de recursos hídricos São Paulo: Nobel; ABRH, 1987. p. 1-91.
  • BARTH, F. T. Aspectos institucionais do gerenciamento de recursos hídricos. En: REBOUÇAS, A.C.; BRAGA, B.; Y, TUNDISI, J. G. (Orgs.). Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. São Paulo: Escrituras, 1999. p. 565-599.
  • BORSOI, Z. M. F.; TORRES, S. D. A. A política de recursos hídricos no Brasil, 2010. Disponible en: http://www.bndes.ov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev806.pdf Acceso en: 14 dic. 2010.
  • CARDOSO, M. L. M. A democracia das águas na sua prática: o caso dos comitês de bacias hidrográficas de Minas Gerais. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.
  • CAVINI, R. Experiências internacionais de gestão de recursos hídricos: lições para a implementação da lei sobre cobrança pelo uso da água no Brasil. 2009. Disponible en: <http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/iii_en/Mesa7/7.pdf>. Acceso en: 25 mayo. 2009.
  • COLOMBIA. Departamento Nacional de Planeación - DNP. Lineamientos y estrategias de desarrollo sostenible para los sectores de agua, ambiente y desarrollo territorial Documento CONPES 3343. Bogotá, 2005.
  • COLOMBIA. Ministerio de Ambiente, Vivienda y Desarrollo Territorial - MAVDT. Política nacional para la gestión integral del recurso hídrico Bogotá, 2010. Disponible en: <http://www.minambiente.gov.co/documentos/5774_240610_libro_pol_nal_rec_hidrico.pdf.pdf>. Acceso en: marzo 2011
  • COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA TIETÊ-JACARÉ - CBH TJ. Relatório de situação dos recursos hídricos na bacia do Tietê-Jacaré Araraquara, 2009. Disponible en: <http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/CBH-TJ/1323/relatorio%20de%20situacao%202009.pdf>. Acceso en: 13 oct. 2010.
  • COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE - CEPAL. Recomendaciones de las reuniones internacionales sobre el agua: de Mar del Plata a París. Chile, 1998. Disponible: <http://www.eclac.cl/publicaciones/xml/0/4480/lcr1865s.pdf>. Acceso: 30 marzo 2013.
  • COMITÉ DE PROTECCIÓN Y MEJORAMIENTO DE LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL RÍO NIMA - PRONIMA; INSTITUTO DE INVESTIGACIÓN DE RECURSOS BIOLÓGICOS "ALEXANDER VON HUMBOLDT" - IAVH. Caracterización socioeconómica, cultural e institucional de una ventana de paisaje rural ganadero en la cuenca hidrográfica del Río Nima, municipio de Palmira, Valle del Cauca, para la identificación de oportunidades de conservación y uso Sostenible de la biodiversidad - Tomo I. Palmira, 2005.
  • CORPORACIÓN AUTÓNOMA REGIONAL - CVC. Cuenca hidrográfica del Rio Nima Palmira: Taller presentación Proyecto WARMI, 2011.
  • FIELD, B. Economía Ambiental Bogotá: Mac Graw Hill, 1995.
  • FREITAS, I. A. S. Análise dos elementos que compõem a política de recursos hídricos 2000. Dissertação (Mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2000.
  • GODOY, A. M. G. A Conferência de Estocolmo: evolução histórica. 2007. Disponible en: <http://amaliagodoy.blogspot.com/2007/09/desenvolvimento-sustentvel-evoluo_16.html>. Acceso en: 22 agosto 2009.
  • GRANZIERA, M. L. M. Direito de águas: disciplina jurídica das águas doces. São Paulo: Atlas, 2001.
  • GRISOTTO, L. E. G. Análise de instrumentos de gestão de recursos hídricos 2003. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
  • GLOBAL WATER PARTNERSHIP - GWP. Manejo integrado de recursos hídricos Estocolmo, 2000. (Back Background papers, 4).
  • HUBERT, G.; PEREIRA, J. S.; LANNA, A. E. L. Os novos instrumentos de planejamento do sistema francês de gestão de recursos hídricos: I - apresentação e análise. RBRH-Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 7, n. 2, p. 81-107, 2002.
  • MAGALHÃES JÚNIOR, A. P. Indicadores ambientais e recursos hídricos: realidade e perspectivas para o Brasil a partir da experiência francesa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
  • MATSUURA, K. A água já não flui naturalmente. Cadernos de Cidadania 2 - Água: Os comitês que cuidam da sua conservação em São Paulo. Diário Oficial [do] Estado de São Paulo, São Paulo, v. 113, n. 51, p. 6, 2003.
  • MIYASHITA, H. Introdução ao gerenciamento de bacias hidrográficas no exterior e política brasileira de gestão Material didático de uso exclusivo do curso de extensão para gestores. Campinas: UNICAMP/Instituto de Economia, 1998.
  • PALMIRA. Planeación Municipal. Plan de ordenamiento territorial Palmira, 2000. (Documento Técnico de Soporte).
  • PEREIRA, D. S.; FERREIRA, R. B. Ecocidadão São Paulo: SMA/CEA, 2008. Cadernos de Educação Ambiental.
  • PIO, A. A. B. Reflexos da gestão de recursos hídricos sobre o setor industrial paulista 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
  • PORTO, M. F. A.; PORTO, R. L. Gestão de bacias hidrográficas. Estudos avançados, v. 22, n. 63, p. 43-60, 2008. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142008000200004
  • PROTA, M. G. Análise do processo participativo na gestão dos recursos hídricos no Estado de São Paulo: um estudo de caso do Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê - Jacaré. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
  • RAMOS, M. Gestão de recursos hídricos e cobrança pelo uso da água [S.l.]: FGV/EBAP, 2007.
  • REZENDE, J. H. A gestão das águas e o Comitê da Bacia Hidrográfica Tietê - Jacaré completa 15 anos. 2010. Disponible en: <http://www.saocarlosoficial.com.br/noticias/?n=A+gestao+das+aguas+e+o+Comite+da+Bacia+Hidrografica+Tiete-Jacare+completa+15+anos_HRJSM1YSSF>. Acceso en: 11 jul. 2011.
  • RODRIGUEZ, M.; URIBE, E.; CARRIZOSA, J. Instrumentos económicos para la gestión ambiental Bogotá: Fescol-Cerec, 1996.
  • ROJAS, J. A review of the potential application of strategy environmental assessment (SEA) to water issues in Colombia 2003. Tesis (Maestria) - Universidad de Manchester, Manchester, 2003.
  • ROJAS, J.; PÉREZ, M.; MADERA, C. Aplicación de instrumentos de gestión integrada del agua en Colombia: Estudio de caso en la cuenca del Río Nima (Municipio de Palmira, Valle del Cauca) Informe del proyecto WARMI. [S.l.]: Unesco-IHE; Universidad de Sao Paulo; Universidad del Valle, 2011.
  • SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Situação dos recursos hídricos no Estado de São Paulo: ano base 2007. São Paulo, 2009.
  • SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - SIGRH. Disponible en: <http://www.sigrh.sp.gov.br/cgibin/sigrh_home_colegiado.exe?COLEGIADO=CRH/CBH-TJ&TEMA=APRESENTACAO>. Acceso en: 19 dic. 2012.
    » link
  • TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Paulo: RiMa; IIE, 2003.
  • TUNDISI, J. G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; PARESCHI, D. C.; LUZIA, A. P.; VON HAELING, P. H.; FROLLINI, E. H. A bacia hidrográfica do Tietê/Jacaré: estudo de caso em pesquisa e gerenciamento. Estudos avançados, v. 22, n. 63, p. 159-172, 2008. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142008000200010
  • TURNER, K.; PEARCE, D.; BATEMAN, I. Environmental economics: an elementary introduction. London: Halvester De, 1994.

Fechas de Publicación

  • Publicación en esta colección
    08 Oct 2013
  • Fecha del número
    Abr 2013
Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHi), Estrada Mun. Dr. José Luis Cembranelli, 5000, Taubaté, SP, Brasil, CEP 12081-010 - Taubaté - SP - Brazil
E-mail: ambi.agua@gmail.com