Resumo
O presente estudo teve como objetivo identificar e espacializar o risco para transmissão da esquistossomose mansoni em localidades pernambucanas com ambientes aquáticos dulciaquícolas para a prática do turismo de lazer, onde existe a presença do caramujo transmissor da esquistossomose mansoni. Para isso foram realizados inquéritos malacológicos entre maio a dezembro de 2016 para identificar e georreferenciar os criadouros/focos de moluscos do gênero Biomphalaria, transmissores da esquistossomose. Em cada criadouro foram aferidos os dados abióticos essenciais para a sobrevivência dos moluscos: temperatura, pH da água e sólidos totais dissolvidos (TDS). Foram também registrados os dados relativos à qualidade do criadouro. Para análise desses dados foi utilizado o programa SPSS 20, e foi aplicado o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis, considerando p-valor ≤0,5. Com base nas coordenadas geográficas foram criados mapas da distribuição dos criadouros e focos, das espécies de moluscos encontrados e do número de moluscos coletados em cada coleção hídrica. Foi utilizado o programa ArcGIS 10.4. para construção de mapas temáticos usando a técnica de interpolação do Inverso da potência das distâncias (IDW). Foram investigadas 72 localidades distribuídas em 44 municípios localizados na Região Metropolitana, Zona da Mata e Agreste Pernambucano e nelas foram encontrados 26 reservatórios, 32 criadouros dos moluscos vetores e 10 focos de transmissão da esquistossomose. O presente estudo identificou e localizou com precisão localidades problemáticas e frequentadas por grupos especiais que, mediante exposição a ambientes insalubres, estão sujeitos à infecção pelo parasita Schistosoma mansoni.
Palavras-chave:
esquistossomose; GIS; meio ambiente; monitoramento.
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