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Ibicaba revisitada outra vez: espaço, escravidão e trabalho livre no oeste paulista1 1 Este artigo é uma versão reformulada de pesquisa de Iniciação Científica financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Agradeço a José Eduardo Heflinger Junior, Leila Florence e Theodoro Carvalhaes, que gentilmente me cederam imagens de suas coleções privadas, e especialmente a Rafael Marquese, pela orientação da pesquisa que deu origem a este texto.

RESUMO

A Fazenda Ibicaba, propriedade do Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro ao longo do século XIX, foi objeto de estudos que enfocaram a experiência com o sistema de parceria que ela abrigou. Este artigo pretende revisitar Ibicaba por meio de novas lentes de observação. Em um primeiro momento, buscar-se-á inserir a fazenda de Vergueiro no contexto de mudança pela qual a Economia-mundo passava nas primeiras décadas do Oitocentos para, em seguida, salientar a importância que a dimensão espacial da realidade cumpria nesse contexto histórico. Nos dois subitens seguintes, que constituem o núcleo do artigo, analisam-se os protocolos - sobretudo espaciais - de controle da mão de obra utilizados pelos Vergueiro, com vistas à máxima extração de trabalho de escravos e colonos, bem como as estratégias de que cativos e imigrantes lançaram mão para escapar dessa vigilância. Faz-se, ao fim, uma breve recapitulação dos principais pontos expostos e algumas considerações sobre as tensões que emergiram em Ibicaba durante o período estudado.

PALAVRAS-CHAVE:
Escravidão; Trabalho Livre; Espaço; Ibicaba

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