RESUMO
O caso do tombamento da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em São Paulo, em 1996, apresenta os meandros do processo de identificação do patrimônio cultural brasileiro, evidenciando os embates entre narrativas de seleção que ora ampliam as possibilidades de compreensão do bem cultural, ora reiteram as práticas já consolidadas de reconhecimento do patrimônio edificado. A discussão perdurou por 38 anos e culminou na seleção de partes da edificação - frontaria, nave, capela-mor, sacristia e compartimentos em estrutura de taipa - caracterizadas enquanto bem tombado e na delimitação das demais fachadas e elementos integrantes da edificação como área de entorno.
PALAVRAS-CHAVE:
Igreja da Ordem Terceira do Carmo em São Paulo; Iphan; Narrativas de seleção; Neocolonial; Entorno; Patrimônio cultural