RESUMO
O artigo analisa o processo de formação do espaço cívico na cidade de Natal entre 1902 e 1922. Procura compreender o papel central dos historiadores locais e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte na construção de uma memória pública republicana por meio do agenciamento de artefatos, da ressignificação de locais públicos e da prática dos rituais cívicos. A pesquisa visa compreender como a nomeação e renomeação de ruas e logradouros, a criação de praças, o entalhamento e a instalação de estátuas, bustos, lápides, hermas e quadros, a identificação de “sítios históricos” e o estabelecimento de espaços edificados para abrigar relíquias e “objetos históricos” colecionados, bem como as celebrações históricas de personagens e de acontecimentos dignos de nota foram importantes na construção de uma identidade coletiva na qual a consciência histórica deveria ter um lugar relevante.
PALAVRAS-CHAVE:
Memória Pública; Espaço Cívico; Monumentos; Identidade Cultural