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Movimentos involuntários e AIDS: relato de sete casos e revisão da literatura

Nos últimos 7 anos, estudamos a incidência de movimentos) involuntários anormais em 1086 pacientes com AIDS. Destes, 389 (35,82%) tinham manifestações neurológicas e 7 (1,8%) apresentaram movimentos involuntários anormais. Todos eram homens, com média de idade de 33,14 anos. O tempo médio entre o diagnóstico de AIDS e o início dos movimentos involuntários foi 23,8 meses em 5 pacientes. Nos 2 casos restantes, os movimentos anormais inauguraram o quadro de AIDS. Três pacientes apresentaram parkinsonismo, 2 hemicoréia-hemi-balismo, 1 mioclonia medular e 1 tremor rubral. Quatro eram homossexuais, 2 usuários de drogas endovenosas e 1 bissexual. Infecção oportunista em atividade não foi evidenciada na época do aparecimento dos sintomas parkinsonianos em 3 pacientes, porém, no restante, sua presença foi confirmada (toxoplasmose cerebral em 2, tuberculose em 1 e co-infecção por toxoplasmose e tuberculose em outro). Os dados mostram que, não só as infecções oportunistas, mas também o vírus HIV pode desempenhar importante papel na gênese dos movimentos involuntários.

desordens do movimento; AIDS; toxoplasmose; parkinsonismo


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