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Síndrome do túnel do carpo: duração da sintomatologia e latência sensitiva segmentar do nervo mediano em 993 mãos (668 pacientes)

Foram selecionados 668 pacientes (993 mãos) com síndrome do túnel do carpo (STC); o critério de inclusão baseou-se na diferença de latência sensitiva mediano-radial (DMR) > ou = 1,0 ms, não deixando dúvida quanto ao diagnóstico de STC. Pacientes com doenças sistêmicas conhecidas, trauma e cirurgia prévia foram excluídos. A partir dessa amostra foram constituídos 4 grupos de acordo com a latência distal sensitiva do nervo mediano, segmento punho - II dedo, 140 mm: LEve (3,0 a 3,5 ms, 384 mãos), MOderado (3,6 a 4,4 ms, 332 mãos), GRave (> 4,4 ms, 135 mãos) e INexcitável (142 mãos); os grupos foram correlacionados com tempo de sintomatologia do STC. Houve aumento percentual cumulativo importante de 1 a 12 meses de sintomatologia no grupo IN (3,5% a 38,7%, aumento de 11 vezes); no grupo LE, o aumento foi de 3,9 vezes (13,8% a 54,6%). Houve também aumento percentual não cumulativo importante no grupo IN entre 1 e 4-12 meses de sintomatologia e quase o mesmo número em todas as faixas (1 a > 60 meses) no grupo LE. A compressão do nervo mediano no túnel do carpo pode conduzir a quadro eletrofisiológico grave (ausência de potenciais de ação sensitivos) em período de tempo relativamente curto de 12 meses, sugerindo deterioração aguda ou subaguda. Reavaliação eletrofisiológica deve ser feita periodicamente mesmo nos casos leves com tratamento conservador, pois 38,7% cumulativo do grupo IN foi encontrado em período de 12 meses de sintomatologia.

síndrome do túnel do carpo; nervo mediano; neuropatia compressiva; condução nervosa


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