Acessibilidade / Reportar erro

Estudo morfológico das granulações aracnóides humanas com referência a sua classificação

Morphological study of human arachnoid granulations with reference to their classification

Resumos

O estudo das granulações aracnóides humanas por estereomicroscópío e microscópio óptico revelou que em um mesmo indivíduo estão presentes granulações morfologicamente distintas, que classificamos em simples e lobuladas. As granulações simples eram pequenas e completamente envoltas por cápsula fibrosa que delimitava, em torno das granulações, espaço subdural contínuo desde o pedículo até o ápice. As granulações lobuladas eram maiores que as simples; em seu ápice a cápsula era delgada e ocorria interrupção do espaço subdural, devido à fusão do tecido Gbroso da cápsula com a periferia da granulação. As granulações simples estavam possivelmente em fase inicial de desenvolvimento, enquanto as granulações lobuladas estariam em Case mais avançada, com estrutura morfológica ideal para absorção do LCR.

granulações aracnóides; desenvolvimento; classificação


Stereomicroscopic and microscopic study showed human arachnoid granulations with different morphology that we classified in simple and lobate. Simple granulations were small and completely involved by fibrous capsule that delimited a continuous subdural space from the pedicle to the apex. Lobate granulations were bigger than the simple; in the apex the fibrous capsule was thinner than in other regions, and fused with granulation periphery causing interruption of subdural space. Simple granulations might be an initial development stage; lobate granulations would represent a higher development stage, with ideal morphologic structure for absorption of the CSR.

arachnoid granulations; development; classification


Estudo morfológico das granulações aracnóides humanas com referência a sua classificação

Morphological study of human arachnoid granulations with reference to their classification

M.H. Miranda-NetoI; R.M.C. BrancalhãoII; R.P. ChopardIII; S.L. MounariI

IDepartamentos de Ciências Morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB - USP): Professor Adjunto e Professora Assistente do Departamento de Ciências Morfofisiológicas da UEM

IIDepartamentos de Ciências Morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB - USP): Professora Assistente do Departamento de Ciências Biológicas e Fisíco-Químicas da UNEOESTE

IIIDepartamentos de Ciências Morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB - USP): Professor Assistente Doutor do Departamento de Anatomia do ICB-USP

RESUMO

O estudo das granulações aracnóides humanas por estereomicroscópío e microscópio óptico revelou que em um mesmo indivíduo estão presentes granulações morfologicamente distintas, que classificamos em simples e lobuladas. As granulações simples eram pequenas e completamente envoltas por cápsula fibrosa que delimitava, em torno das granulações, espaço subdural contínuo desde o pedículo até o ápice. As granulações lobuladas eram maiores que as simples; em seu ápice a cápsula era delgada e ocorria interrupção do espaço subdural, devido à fusão do tecido Gbroso da cápsula com a periferia da granulação. As granulações simples estavam possivelmente em fase inicial de desenvolvimento, enquanto as granulações lobuladas estariam em Case mais avançada, com estrutura morfológica ideal para absorção do LCR.

Palvras-chave: granulações aracnóides, desenvolvimento, classificação.

SUMMARY

Stereomicroscopic and microscopic study showed human arachnoid granulations with different morphology that we classified in simple and lobate. Simple granulations were small and completely involved by fibrous capsule that delimited a continuous subdural space from the pedicle to the apex. Lobate granulations were bigger than the simple; in the apex the fibrous capsule was thinner than in other regions, and fused with granulation periphery causing interruption of subdural space. Simple granulations might be an initial development stage; lobate granulations would represent a higher development stage, with ideal morphologic structure for absorption of the CSR

Key words: arachnoid granulations, development, classification.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Aceite: 29-julho-1993.

Dr. Marcílio Hubner de Miranda Neto - Universidade Estadual de Maringá - Av. Colombo 3690 Bloco H-79 Sala 07 - 87020-900 Maringá PR - Brasil.

Estudo realizado em cooperação entre os Departamentos de Ciências Morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB - USP)

  • 1. Alksne JF, White LEJ. Electron-microscope study of the effect of increased intracranial pressure on the arachnoid villus. J Neurosurg 1965, 22:481-488.
  • 2. Alksne JF, Richamond VA. Arachnoid villi after subarachnoid blood. J Neuropathol Exp Neurol 1971, 30:135.
  • 3. Alksne JF, Lovings ET. The role of the arachnoid villus in the removal of red blood cells from the subarachnoid space: an electron microscope study in the dog. J Neurosurg 1972, 36:192-200.
  • 4. Clark LC. On the pacchionian bodies. J Anat 1920, 55:40-48.
  • 5. Cunningham DJ. Anatomia humana Ed. 8 Barcelona: Manuel Marin 1949, TII.
  • 6. Ellington E, Margolis G. Block of arachnoid villus by subarachnoid hemmorhage. J Neurosurg 1969, 30:651-657.
  • 7. Jullow J, Ishii M, Iwabuchi T. Arachnoid villi affected by subarachnoid pressure and hemorrhage: scanning electron microscopic study in the dog. Acta Neurchir 1979,51:63-72.
  • 8. Kida S, Yamashima T, Kubota T, Ito H, Yamamoto S. A light and electron microscopic and immunohistochemical study of human arachnoid villi. J Neurosurg 1988, 69:429-435.
  • 9. Lee BCP, Gomez DG, Potts DG, Pavese AM. Passage of amipaque (metrizamide) through the arachnoid granulations. Neuroradiology 1979, 17:185-190.
  • 10. Miranda-Neto MH, Biazotto W, Chopard RP, Lucas GA Estudo micro-mesoscópico das granulações aracnóides humanas. Arq Neuro-Psiquiatr 1990, 48:151-155.
  • 11. Paturet G. Traité d'anatomie. Paris:Masson 1964, TIV.
  • 12. Shabo AL, Maxwell DS. The morphology of the arachnoid villi: a light and electron microscopic study in the monkey. J Neurosurg 1968, 29:451-463.
  • 13. Shabo AL, Maxwell DS. Electron microscopic observations on the fate of particulate matter in the cerebrospinal fluid. J Neurosurg 1968, 29:464-474.
  • 14. Shabo AL, Abbott MM, Maxwell DS. The response of the arachnoid villus to an intracisternaI injection of autogenous brain tissue: an electron study in the macaque monkey. J Neurosurg 1969, 19:724-734.
  • 15. Tripathi R. Tracing the bulk outflow route of cerebrospinal fluid by transmission and scanning electron microscopy. Brain Res 1974, 80:503-506.
  • 16. Upton ML, Weller RO, Path FRC. The morphology of cerebrospinal fluid drainage pathways in human arachnoid granulations. J Neurosurg 1985, 63:867-875.
  • 17. Wolpow ER, Schaumberg HH. Structure of the human arachnoid granulation. J Neurosurg 1972, 37:724-727.
  • 18. Yamashima T. Ultrastructural study of the final cerebrospinal fluid pathway in human arachnoid villi. Brain Res 1986, 384:68-76.
  • 19. Yamashima T. Functional ultrastructure of cerebrospinal fluid drainage channels in human arachnoid villi. Neurosurgery 1988, 22:633-641.
  • 20. Zakiw. Dévélopment des granulations arachnoidennes. Bull Assoc Anat 1977, 161:283-290.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Jan 2011
  • Data do Fascículo
    Mar 1994
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org