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Liquido cefalorraquidiano: compilação dos dados e interpretação avançada de doenças bacterianas, virais, parasitarias, oncológicas, inflamatórias cronicas e desmielinizantes. Padrões diagnósticos que não devem faltar em neurologia e psiquiatria

RESUMO

A análise da síntese intratecal de IgG, IgA e IgM no liquido cefalorraquidiano (LCR) e a avaliação destas em diagramas com quocientes sugere padrões de diversas doenças. Estes dados, juntamente com outros parâmetros como a função de barreira, o fluxo liquórico, a citologia, o lactato e a pesquisa de anticorpos, integrados em uma ficha de paciente, permite uma interpretação baseada em conhecimento e permite também uma aferição da qualidade em laboratórios de LCR. A relevância diagnóstica é descrita para doenças neurológicas e psiquiátricas pois a análise do LCR não pode ser substituída por outros metódos diagnósticos sem perda de informação para o diagnóstico do paciente. O aumento da síntese intratecal de IgM, IgA ou das 3 classes de imunoglobulinas sugerem um diagnóstico sistemático de paralisia facial periférica, neurotripanosomiase, doenças oportunísticas, linfoma, neurotuberculose, adrenoleucodistrofia ou metástases de tumores cerebrais. A resposta poliespecífica de anticorpos contra sarampo, rubéola e varicela zoster (MRZ reação) é sugestiva de esclerose múltipla. Uma visão sistemática considera o diagnóstico diferencial de doenças psiquiátricas e doenças chrônicas. A dinâmica de moléculas derivadas do cérebro comparadas com aqueles derivadas do sangue é importante para a localização de parasitos em doenças parasitárias do sistema nervoso.

liquido cefalorraquidiano; imunoglobulinas; anticorpos; doenças do sistema nervoso; doenças neurológicas; ficha clínica

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