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Variação da espessura cortical no cíngulo posterior em pacientes com enxaqueca. Correlação com a melhora pós-tratamento profilático

RESUMO

Objetivos

Correlacionar a melhora de pacientes enxaquecosos após tratamento preventivo com alterações na espessura do córtex cerebral.

Métodos

Espessura cortical foi determinada a partir de imagens de ressonância magnética (RM)em 19 pacientes com enxaqueca, antes (1ᵃ RM) e após (2ᵃ RM) o tratamento profilático, e comparada com controles, usando o programa FreeSurfer. Mudanças corticais foram correlacionadas com o índice de cefaleia (HI).

Resultados

O hemisfério direito apresentou aumento da espessura no córtex do cúneus e pré-cúneus, parietal superior e somatossensitivo na primeira RM e na segunda RM, em comparação aos controles. Após correção para comparações múltiplas, nenhuma região cortical se mostrou estatisticamente diferente entre a primeira e a segunda RM. A regressão mostrou correlação (negativa) significativa entre melhora do HI e mudanças na espessura cortical do cíngulo posterior esquerdo.

Conclusão

Existem alterações de espessura cortical em pacientes com enxaqueca em relação a controles em áreas envolvidas com processamento visual e com a dor. As alterações corticais no cíngulo posterior esquerdo variaram de acordo com a frequência e intensidade das crises.

Palavras-chave
enxaqueca; ressonância magnética - Free Surfer; tratamento profilático

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