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Projeto para o controle do complexo teníase/cisticercose no Brasil

ANÁLISES DE LIVROS

PROJETO PARA O CONTROLE DO COMPLEXO TENÍASE/CISTICERCOSE NO BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE / FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE. Um volume (21 x30 cm) em brochura, com 54 páginas. Brasília, 1996: Coordenação de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos (Centro Nacional de Epidemiologia, SAS Quadra 4 Bloco N Sala 629, 70058-902 Brasília DF, Brasil).

Esta publicação reune dados essenciais de projeto para o controle da teníase/cisticercose, patrocinado pelo governo federal. Como consta da Apresentação, o Ministério da Saúde promoverá a capacitação de recursos humanos e a mobilização de recursos técnicos e financeiros para a operacionalização do projeto. Dentro desse propósito, este documento reune informações básicas para a adoção de ações dirigidas e para o manejo adequado da teníase humana e da cisticercose humana e animal, inclusive prevenção e controle.

O texto abrange cinco partes: introdução, distribuição geográfica, complexo teníase/cisticercose no homem e os projetos de investigação da prevalência e de controle desse complexo.

Na Introdução, a importância do projeto é justificada. Salienta-se a taxa elevada de prevalência e endemicidade apontadas na contribuição OPS/OMS 1994 acerca do problema no Brasil. Lembra-se também que o esgotamento do parasita no homem, seguido de educação sanitária, permitiria a interrupção da cadeia de transmissão e, como consequência, a erradicação da teníase/cisticercose.

Na segunda parte, Distribuição Geográfica, são listados registros sobre a cisticercose e a neurocisticercose, com ênfase a dados regionais do Brasil. Na terceira parte, Complexo Teníase/Cisticercose no Homem, apontam-se aspectos: do parasito e de seu ciclo evolutivo; da sintomatologia e diagnóstico, com ênfase à neurocisticercose; do tratamento.

A quarta parte contém o projeto de investigação da prevalência do complexo teníase/cisticercose: seu objetivo e sua justificativa, metodologia e avaliação dos resultados.

A quinta parte apresenta o programa de controle do complexo teníase/cisticercose. Medidas de intervenção para obter resultados a longo prazo são focalizadas primeiramente. Ênfase é dada aos seguintes tópicos: atenção à pessoa infectada ou suspeita de estar infectada (diagnóstico e tratamento), educação em saúde, notificação compulsória, saneamento ambiental, fiscalização da carne de consumo e de produtos de origem vegetal, cuidados na suinocultura, laboratórios de saúde pública (papel desempenhado e a desempenhar). Encerrando esta parte, consta breve mas oportuna avaliação da desverminação em massa - como medida de intervenção para obter resultados a curto prazo.

Três anexos completam o texto, que é encerrado por adequada revisão bibliográfica.

O texto é sucinto e preciso. Ele foi preparado pelo Grupo Assessor da Coordenadoria do Projeto, constituído de treze especialistas. Adelaide Vaz (Universidade de São Paulo), Carmen Regina Nery e Silva (Instituto de Saúdo do Distrito Federal), Germano Francisco Biondi (Universidade Federal de São Paulo), José Mauro Peralta (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Júlia Maria Costa Cruz (Universidade Federal de Uberlândia), Leonardo José Richtzenhain (Universidade de São Paulo), Lucy Gomes Vianna (Universidade de Brasília), Marco Túlio A. Garcia Zapata (COLAB/FNS), Mário Leon Silva Vergara (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), Miguel Angel Genovese (OPS/OMS), Natal Jataí de Camargo (Universidade Federal do Paraná), Vanize de Oliveira Macêdo (Universidade de Brasília) e o neurologista Osvaldo Massaiti Takayanagui (Universidade de São Paulo). Este último, também preparou a excelente documentação fotográfica (treze figuras coloridas). Todos eles e os Coordenadores do Projeto, Francisco Anilton Alves Araújo e Maria de Lourdes Martins Valadares, merecem os cumprimentos pela qualidade da obra e pela exatidão do seu conteúdo.

É desnecessário salientar a importância da neurocisticercose para o neurologista brasileiro. Importa, isto sim, salientar a importância da adesão e da colaboração de cada um deles ao Projeto. Recomendando a leitura atenta do documento a todos os neurologistas, é necessário lembrar que informes adicionais sobre o projeto podem ser obtidos com Osvaldo M. Takayanagui (Disciplina de Neurologia, Faculdade de Medicina de RIbeirão Preto, Campus Universitário USP, 14049-900 Riberão Preto SP) ou junto à Coordenadoria do Projeto em Brasília no endereço acima ou por FAX (061 321 0544).

Antonio Spina-França

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Nov 2010
  • Data do Fascículo
    Jun 1997
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