A literatura demonstra que extensão da ressecção do tumor tem impacto na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes com gliomas. RM intraoperatória tem sido utilizada para aumentar a área de ressecção, preservando a segurança do procedimento. MÉTODO: Os cinco primeiros pacientes com gliomas operados na Universidade de São Paulo utilizando RM intraoperatória são relatados. Quatro pacientes tinham índice de Karnofsky de 100% antes da cirurgia. Primeiros sintomas foram cefaléia progressiva, convulsões, distúrbios de comportamento, um caso de hemianopsia, e outro de hemiparesia. RESULTADOS: A remoção macroscópica total foi obtida em dois pacientes. A ressecção cirúrgica foi limitada pela invasão tumoral de áreas críticas como a cápsula interna ou o mesencéfalo no restante dos pacientes. CONCLUSÃO: A RM intra-operatório é uma importante ferramenta que auxilia o cirurgião para remover os tumores gliais, porém, o conhecimento da fisiologia e anatomia funcional ainda é fundamental para evitar a morbidade
glioma; neurocirurgia; neoplasias do sistema nervoso central; imagem por ressonância magnética