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Glioblastoma multiforme de região pineal: relato de caso

OBJETIVO: Os tumores da região pineal são incomuns e podem ser divididos em três categorias de acordo com a sua origem: células germinativas, células do parênquima e células gliais. Em sua maioria, os gliomas de pineal são astrocitomas de baixo grau, sendo que o seu correspondente maligno, glioblastoma multiforme, é o mais comum e agressivo tumor encefálico e é extremamente raro nesta localização, com apenas alguns casos relatados na literatura. CASO: Mulher com 29 anos apresentando há 2 meses cefaléia, nucalgia, febre, náuseas e crises convulsivas. O exame físico mostrou rigidez de nuca, hipotonia, hipotrofia e hiperreflexia generalizadas, sinal de Babinski e paralisia do VI nervo craniano. A tomografia computadorizada revelou lesão hipodensa mal delimitada na topografia de pineal, com captação heterogênea de contraste. A ressonância magnética demonstrou lesão na região pineal com infiltração de tálamo à direita. A paciente foi submetida a craniotomia direita com ressecção parcial do tumor. O exame histológico definiu o diagnóstico de glioblastoma multiforme. No pós-operatório foi indicada radioterapia, mas a paciente recusou o tratamento e morreu dois meses depois. CONCLUSÃO: Apesar de raro nesta topografia, os glioblastomas multiformes devem ser considerados no diagnóstico diferencial de lesões agressivas localizadas na glândula pineal.

tumor encefálico; glândula pineal; glioblastoma multiforme


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