O autor apresenta um caso de pseudodemência depressiva, tecendo comentários sobre os achados clínicos e neuropsicológicos antes e depois do uso de citalopram, um agente serotoninérgico. O caso apresentado ilustra as críticas atuais acerca da antiga dicotomia entre demências reversíveis ("funcionais") e não-reversíveis ("orgânicas"). A paciente de 73 anos inicialmente diagnosticada como pseudodemente demonstrou algum grau de deterioração cognitiva em testes neuropsicológicos após a melhora dos sintomas depressivos. São sugeridas algumas razões para os achados divergentes com relação ao prognóstico da pseudodemência encontrados na literatura.
depressão; demência; pseudodemência; citalopram