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Controle do diabetes e dos níveis de fibrinogênio, bem como melhora no cuidado com a saúde, podem retardar o baixo desempenho cognitivo em sociedades que apresentam envelhecimento progressivo

Objetivo

Estimar a prevalência e os fatores associados ao baixo desempenho cognitivo em amostra representativa de adultos pertencentes a uma população com envelhecimento progressivo.

Método

Estudo transversal, de base populacional, conduzido em amostra selecionada em três estágios: 81 setores censitários (unidade primária de amostragem) foram selecionados aleatoriamente, seguidos por 1.672 domicílios e 2.471 participantes (amostra ponderada), correspondendo ao segundo e terceiro estágios, respectivamente. A prevalência do desfecho foi calculada segundo fatores sociodemográficos, comportamentais e relacionados à saúde. Razões de prevalência brutas e ajustadas foram estimadas pela regressão de Poisson.

Resultados

A prevalência de baixo desempenho cognitivo foi elevada, principalmente nas mulheres, indicando gradiente linear em relação à idade, à escolaridade, à renda, aos níveis de fibrinogênio e à saúde autorreferida. Nos modelos multivariados, sexo, diabetes, fibrinogênio e saúde autorreferida apresentaram associações positivas, enquanto escolaridade, trabalho e tempo sentado apresentaram associações negativas com o desfecho.

Conclusão

Medidas de controle do diabetes, dos níveis de fibrinogênio plasmático e melhora da atenção à saúde poderão retardar o baixo desempenho cognitivo em sociedades que apresentam envelhecimento progressivo como a população do estudo.

desempenho cognitivo; adultos; fatores associados; estudos transversais


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